Um grupo de pilotos denunciou que os casos de lasers apontados às cabines de aviões têm sido frequentes nos últimos meses no aeroporto internacional de Schiphol, em Amesterdão, alertando para os perigos desta prática.
O grupo, composto por uma centena de pilotos, relatou que entre os meses de julho e outubro ocorreram várias situações nos arredores daquele aeroporto internacional holandês, advertindo que esta prática de apontar ponteiros laser contra os ‘cockpits’ dos aviões dificulta as manobras de aterragem e de descolagem dos aparelhos.
Até agora, segundo os pilotos, estas situações ainda não provocaram qualquer acidente.
Segundo a estação de televisão holandesa RTV N-H, os incidentes com este tipo de dispositivo têm sido registados sobretudo em Bornholm, perto da localidade de Hoofddorp.
A investigação policial destes casos é complicada, por ser difícil determinar com exatidão o local de origem do laser.
A venda de ponteiros laser de longo alcance, que podem atingir os 10 quilómetros, é proibida na Holanda.
Em agosto, um jovem de 23 anos, residente nas imediações do aeroporto de Schiphol, foi acusado de apontar lasers a aviões, tendo sido detido pela polícia holandesa.
Outro jovem que apontou um laser a um helicóptero da polícia também foi detido.
A prática de apontar ponteiros laser contra aviões é considerada um crime na Holanda desde 2012, sendo passível de uma pena de prisão até 15 anos.
Há cerca de um ano, num só dia, foram atacados com lasers os pilotos de 4 aviões comerciais em várias partes do Canadá.
A luz de um laser que atinja a cabine de pilotagem pode provocar danos irreparáveis na retina, se atingir directamente os olhos do piloto, podendo provocar distracções nos pilotos, encandeamento e cegueira temporária.
ZAP / Lusa