Um painel de peritos criado pelo presidente francês, François Hollande, recomendou a legalização do suicídio assistido em França, país onde o debate sobre a eutanásia se reacendeu depois do tema ter voltado para a esfera pública.
“A possibilidade de cometer suicídio medicamente assistido é, aos nossos olhos, um direito legítimo de um paciente próximo da morte ou sofrendo de uma patologia terminal, baseado principalmente e em primeiro lugar no seu consentimento lúcido e na sua completa consciência”.
A chamada ‘Conferência dos Cidadãos‘ afirmou ainda que a lucidez deveria ter de ser avaliada por, pelo menos, dois médicos.
O agora Presidente francês François Hollande prometeu, durante a campanha eleitoral de 2012, estudar este problema, e estabeleceu uma série de iniciativas, incluindo este grupo de peritos, cujas recomendações podem, ou não, conduzir a nova legislação.
O suicídio de dois casais de idosos em novembro e o emocionado testemunho de um político que viu a sua mãe terminalmente doente morrer depois de ter tomado comprimidos comoveu a França, país onde a eutanásia é ilegal.
/Lusa