O Hospital de Gaia divulgou hoje ter identificado mais quatro doentes contaminados com a bactéria multirresistente que já causou a morte a três pessoas e informou estar em curso um “rastreio universal” em enfermarias de alto risco.
“Está em curso o rastreio universal de portadores de Klebsiella Pneumoniae produtora de KPC em enfermarias de alto risco (Medicina Interna, Pneumologia, Especialidades Cirúrgicas)”, revela um comunicado do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho.
Na passada semana, o centro hospitalar de Gaia divulgou ter identificado, desde 07 de agosto, mais de 30 doentes portadores de Klebsiella Pneumoniae, uma bactéria multirresistente que terá surgido em consequência do uso de antibióticos.
Esta “super-bactéria” é de rápida disseminação, transmite-se pelo toque, sobrevive na pele e no meio ambiente e desconhece-se a sua durabilidade.
O Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobiano revelou na altura que estavam internadas, em isolamento, 13 pessoas.
Esta quarta-feira o hospital informou em comunicado estarem “internados 17 doentes portadores de Klebsiella Pneumoniae produtora de KPC em regime de isolamento, aguardando a resolução do motivo do seu internamento”, ou seja, mais 4 doentes infectados.
O centro hospitalar garante que “foram elaborados circuitos destinados a doentes e portadores da bactéria, para evitar a sua disseminação”, pelo que “não há motivo de alarme para a população e para os utentes”.
“A situação infecciosa no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho está controlada“, reitera.
A Direção-Geral de Saúde (DGS) já admitiu que pelo menos três das oito mortes em doentes portadores ocorreram em resultado da infeção pela bactéria multirresistente identificada no Hospital de Gaia.
O hospital suspeita que a origem do surto tenha sido numa doente que fez vários ciclos de antibiótico e que partilhou, no dia 29 de junho, a mesma unidade de pós-operatório com o primeiro paciente infetado.
/Lusa