E se, em vez de conterem cola quente, contivessem uma massa necessária à reestruturação dos ossos? Uma equipa de investigação acredita que é possível.
Os implantes personalizados impressos em 3D têm sido um grande avanço para quem fratura um osso ou retira um tumor. O problema é que demoram tempo, explica a Earth.
E é aí que entra um engenho peculiar. O cartucho dentro da pistola não é cola, mas sim uma mistura de hidroxiapatite (HA) – o mineral de fosfato de cálcio que constitui cerca de metade do volume do osso real – e policaprolactona (PCL).
Uma equipa da universidade sul-coreana Sungkyunkwan modificou a pistola para que a temperatura de fusão se situe perto dos 60 °C, aproximadamente o ponto de fusão da PCL.
O resultado? O estudo, publicado na Device este mês, mostra que é possível obter uma “cola” bioativa concebida para se tornar novo osso.
Ao reduzir a temperatura de fusão e substituir a cola de artesanato por um compósito “amigo” do osso, os investigadores transformaram uma ferramenta ubíqua num instrumento cirúrgico capaz de preencher defeitos irregulares, suportar o crescimento ósseo e administrar antibióticos locais – tudo numa questão de breves minutos minutos.
Para além de simples, esta técnica utiliza materiais baratos e familiares aos cientistas, o que pode ser essencial para o futuro de cirurgias deste tipo.