Clemens Bilan / EPA

O chanceler alemão Friedrich Merz
Na Alemanha, o Governo liderado por Friedrich Merz quer tornar o serviço militar obrigatório – mas só no caso de necessidade da defesa do país ou pela falta de voluntários. A proposta precisa ainda da aprovação do Parlamento Federal.
O Governo alemão aprovou, esta quarta-feira, um projeto de lei para instituir o serviço militar voluntário.
O projeto de lei foi aprovado durante uma reunião realizada na sede do Ministério da Defesa, segundo fontes governamentais citadas pela agência noticiosa alemã DPA.
Esta proposta inclui a opção de o serviço de se tornar obrigatório em caso de necessidade.
Paralelamente, o regresso do serviço militar obrigatório em tempo de paz, uma reivindicação de vários políticos conservadores, não foi aprovado.
O texto, apresentado pelo Ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, contempla a possibilidade de o serviço militar se tornar obrigatório no caso de necessidade da defesa do país ou pela falta de voluntários, com a condição de a medida ser apoiada pelo Parlamento alemão (Bundestag).
De acordo com informações recolhidas pela DPA, o Exército alemão necessita atualmente de aproximadamente 80.000 militares ativos adicionais.
No entanto, a NATO estima que a Alemanha necessite de aproximadamente 260.000 homens e mulheres nas Forças Armadas para resistir a um ataque, por exemplo, da Rússia.
Assim, o serviço militar deverá servir principalmente para aumentar as reservas, com planos para começar com 15.000 novos recrutas e introduzir um exame médico obrigatório a partir de 2027.
Para o registo militar, os jovens devem preencher um questionário indicando a sua disposição e aptidão para o serviço militar.
O novo serviço militar destina-se à faixa etária dos 18 aos 25 anos e Pistorius quer implementar várias medidas para tornar esta opção mais atrativa, incluindo um aumento salarial. Assim, os recrutas serão pagos como soldados temporários e receberão mais de 2.000 euros líquidos por mês.
Pistorius acredita que serão feitas alterações ao projeto de lei durante o processo parlamentar e enfatizou que “regra geral, nenhuma lei sai do Bundestag [Parlamento alemão] como entrou”. “O mesmo acontecerá neste caso”, explicou o ministro alemão.
O presidente da Associação das Forças Armadas alemãs, André Wustner, afirmou que o projeto de lei apresenta deficiências e defendeu que, embora represente uma melhoria em relação à situação atual, “é ainda insuficiente”, dados os problemas com o recrutamento de pessoal.
ZAP // Lusa
Qualquer dia temos o mesmo em Portugal, o serviço militar obrigatório, e depois enviar os nosso filhos para as frentes de batalha para servirem de carne para canhão. Os filhos e outros familiares deste senhor e outros como ele não vão marchar nas fileiras. Estamos a voltar ao passado onde apenas os filhos dos pobres é que iam para os campos de batalha. Continuem a votar na direita e não aprendam com o passado.
Não entendi, “Serviço militar obrigatório, em caso de necessidade” ?
Mas se estalar uma guerra, são necessários soldados imediatamente, não é ao fim de cinco ou seis semanas, depois da recruta. A não ser que queiram mandar homens despreparados para uma batalha, só para morrerem. . Aí vão ser só carne para canhão. Ou então fazem como o Raul Solnado, paramos a guerra até os soldados estarem prontos, e depois dizemos ao inimigo que já podem atacar. Estupidez absoluta.