O intrépido robô com cara de bebé vai ser o primeiro robô humanóide a voar.
Um grupo de investigadores do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT) realizou a primeira descolagem vertical bem sucedida de um robô humanoide – um passo crucial para a criação de robôs voadores.
O novo robô, denominado iRonCub MK3, utiliza quatro propulsores para atingir o impulso vertical – dois incorporados nos braços e dois num jetpack montado nas costas.
Nas imagens divulgadas na semana passada pelo IIT, o robô com cara de bebé e sem expressões é preso por um suspensor e depois é ativado, levantando voo a cerca de 50 centímetros do chão com os seus propulsores.
Mas não é só no aspeto. O robô iCub também se assemelha a uma criança no tamanho. Mede 1 metro de altura e pesa 22 quilogramas.
Num estudo que descreve o robô, publicado a 1 de junho no arXiv, os engenheiros do IIT afirmam que este trabalho deixa os robôs humanoides mais perto de voar.
Como escreve a Live Science, o contrário de muitas outras plataformas robóticas atualmente em desenvolvimento, que normalmente se concentram exclusivamente na locomoção e manipulação terrestres, a adição de mobilidade aérea pode abrir caminho para a assistência em missões de busca e salvamento, atravessando edifícios desmoronados e áreas inundadas, ou outros terrenos inacessíveis aos humanos.
Combinando o voo com a capacidade de interagir com o seu ambiente, um robô deste tipo poderia limpar destroços e ajudar a localizar e/ou resgatar vítimas.
Os autores do estudo salientam também que um robô humanoide voador poderia efetuar reparações em estruturas de difícil acesso para os seres humanos, como a parte inferior das pontes. Poderiam mesmo ser utilizados em ambientes perigosos onde as pessoas não podem operar em segurança, como no local de uma fuga nuclear ou química.
Depois de demonstrar com êxito um lançamento com uma trajetória predefinida e um seguimento preciso, a equipa planeia agora concentrar os seus esforços na melhoria do controlador de voo para lidar com perturbações externas que possam ocorrer durante um cenário de voo real, como o vento ou outras condições meteorológicas adversas.
