Casa Branca

Presidente mudou as regras e muitos correm o risco sério de serem excluídos dos avanços na era digital.
Milhões de habitantes dos EUA que vivem em zonas rurais correm o risco de ficar para trás na era digital, na sequência de mudanças significativas num importante programa federal de banda larga.
O Programa de Equidade, Acesso e Implementação da Banda Larga (BEAD), lançado em 2021 pelo Presidente Joe Biden, tinha como objetivo levar internet de alta velocidade a regiões carenciadas.
No entanto, Donald Trump voltou à Casa Branca e mudou o esquema: novas regras introduzidas em junho de 2025 pelo Departamento do Comércio da administração Trump vieram perturbar esses planos, suscitando preocupações entre especialistas e autoridades estaduais.
As novas regras obrigam os estados a reiniciar o processo de candidatura de prestadores de serviços de internet, o que atrasou projetos que estavam prestes a arrancar.
Este revés afeta regiões onde os residentes já enfrentam dificuldades no acesso a cuidados de saúde e a outros serviços essenciais.
Uma investigação conjunta da KFF Health News e da InvestigateTV identificou cerca de 3 milhões de pessoas a viver em áreas rurais sem acesso a banda larga e a cuidados médicos adequados.
Nessas comunidades, os residentes tendem a sofrer de taxas mais elevadas de doenças crónicas e têm uma esperança média de vida mais curta.
As novas orientações do programa BEAD deixam de dar prioridade às infraestruturas de fibra ótica, abrindo caminho para que operadores de satélite como a Starlink e a Kuiper da Amazon possam obter financiamento federal.
Críticos defendem que as tecnologias por satélite e sem fios não conseguem responder às necessidades futuras de conectividade digital, em especial para serviços como telemedicina, ensino online e serviços bancários modernos.
“Isto causa danos monumentais à América rural”, disse Christopher Ali, professor de telecomunicações na Penn State, cita o Raw Story.
Estados que já tinham avançado significativamente na planificação de redes baseadas em fibra enfrentam agora um cenário de incerteza.
A Virgínia Ocidental, por exemplo, tinha concluído o processo de seleção de prestadores e estava pronta para levar ligações em fibra a todas as casas e empresas. Contudo, como muitos outros estados, terá de rever os seus planos à luz das novas regras.
Os defensores das alterações, incluindo o Secretário do Comércio Howard Lutnick, afirmam que a nova orientação permitirá fornecer internet de alta velocidade de forma mais eficiente e a um preço mais acessível. No entanto, não foram divulgados detalhes sobre eventuais poupanças.
Por outro lado, os defensores da banda larga alertam que esta mudança poderá levar a custos mais elevados para os consumidores a longo prazo, uma vez que os serviços por satélite são, em geral, mais dispendiosos de manter e oferecem velocidades menos consistentes do que a fibra.
Esta reestruturação gerou ainda confusão nos gabinetes estaduais responsáveis pela banda larga, com mais de metade dos estados a registarem atrasos face aos prazos inicialmente previstos.
À medida que residentes de zonas rurais, como Gary Vance, na Virgínia Ocidental, continuam à espera de uma ligação fiável, cresce a preocupação de que estas alterações políticas aprofundem, em vez de reduzirem, o fosso digital.
então mas não votaram neles? ele não foi visto como um “milagre”?
Americanos red-knecks de treta!