Rolex dela Pena / EPA

A conquista da Liga das Nações “dá-nos confiança para ir ao Mundial…. Ou a equipa… ir ao Mundial com mais confiança”.
Terceiro grande título para Portugal no futebol, todos com Cristiano Ronaldo em campo. O único que venceu o Europeu 2016 e a Liga das Nações em 2019 e em 2025.
Depois da final da Liga das Nações, contra a Espanha, o capitão – que marcou no jogo decisivo – disse que levantar troféus pela selecção “é sempre especial”. “Estou mesmo muito feliz”, resumiu.
“Ganhei muitos troféus, prémios individuais… Mas não há nada como ganhar pela selecção“. Chorou no fim, mas foram lágrimas “de alegria”.
Enquanto destacava os adeptos e as pessoas que estão nos bastidores da Federação Portuguesa de Futebol, também falou dos filhos. Com uma brincadeira: “Eles são espanhóis e estão sempre a brincar comigo em casa, a cantar ‘Espanha!’ para me deixarem irritado. Ver o pai a ganhar a Espanha – vou ficar com um bocadinho mais de moral, vão respeitar mais o pai”.
O avançado saiu perto dos 90 minutos, lesionado: “No aquecimento já tinha uma pequena dor. Mas, pela selecção, se desse para jogar com a perna partida, também jogava. Dei até onde deu, fui até ao máximo”.
Ronaldo contou que, no dia do jogo, ao almoço, comentou com os colegas de selecção que à noite iriam ter “sorte e mérito” para derrotar a Espanha na final. Até porque esta geração “já merecia” um título. “Acho que merecemos”.
Pelo meio, pode ter sugerido que não vai ao Mundial 2026: “Isto dá-nos confiança para ir ao Mundial…” – para logo a seguir corrigir e dizer “Ou a equipa… ir ao Mundial com mais confiança”.
Ficou a dúvida se se estava a retirar da “equipa que vai ao Mundial”.
Em relação ao futuro mais próximo, mas no que diz respeito aos clubes, “praticamente não vai mudar nada”. Ou seja, deve ficar no Al-Nassr.
No final da entrevista rápida, defendeu o seleccionador RobertoMartinez. Novamente com uma sugestão de saída: “Aquilo que fizeram com ele não foi justo. Deram-lhe muita porrada. Se eu estivesse aqui ou se eu não estivesse aqui, ele é o treinador certo para estar à frente da selecção”.
“Vocês não vêem os bastidores, mas a paixão que ele mete nos jogos, nos treinos… É muito grande. E não sendo português, o que aprecio mais. Deve ser mais respeitado. Depois de ganharmos uma competição destas, na Alemanha, contra a Alemanha e contra e Espanha, temos que ter mérito. Jogadores e equipa técnica”, finalizou.