Sim: há empresas a publicar anúncios de emprego sem a intenção real de preencher ditas vagas.
A preocupação é crescente e o aviso vem da plataforma LinkedIn, a mais conhecida rede social orientada para o mundo empresarial, networking e do trabalho.
Uma nova pesquisa da rede social, citada num artigo do diretor sénior de gestão de produtos no LinkedIn publicado no Fast Company, aponta para que cerca de metade dos candidatos a empregos se sintam atualmente desmotivados. E não é devido à concorrência, mas sim devido à falta de respostas dos empregadores.
Metade dos candidatos confessa que a parte mais aborrecida de procurar emprego é o silêncio dos recrutadores em relação às candidaturas. Mais de 50% relatam ter recebido respostas de menos de 5% das suas candidaturas, e 69% consideram que o processo de contratação carece de transparência.
O silêncio está a alimentar a suspeita de que muitas ofertas de emprego podem ser falsas. O fenómeno já tem um nome: são “empregos-fantasma”.
Em alguns casos, as empresas podem estar a publicar anúncios para recolher currículos para uso futuro, ou para dar a impressão de crescimento sem efetivamente estar a contratar.
Para evitar ser surpreendido por um destes “fantasmas”, o LinkedIn recomenda várias estratégias.
Em primeiro lugar, os candidatos devem examinar atentamente as ofertas — estar atentos a funções que parecem boas demais para ser verdade, que chegam através de mensagens não solicitadas ou que solicitam pagamento. São sinais de alerta de que um emprego pode não ser real.
Além disso, o LinkedIn introduziu recentemente funcionalidades para aumentar a transparência, incluindo informações sobre contratações que revelam os tempos de resposta e verificam as ofertas de emprego.
Construir uma rede forte também é importante. Indicações de contactos de confiança podem aumentar a visibilidade e a credibilidade de um candidato. Um outro estudo do LinkedIn feito em março revelou que 93% dos gestores de contratação valorizam as indicações porque oferecem uma nova camada de confiança.
O responsável da rede social incentiva ainda os candidatos a falar abertamente sobre a sua procura. Cerca de um terço dos profissionais que partilharam publicações sobre as funções que procuravam disseram que isso os ajudou a fazer novas conexões ou levou a apresentações.
