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É um cato? Um ananás? As bizarras plantas que crescem na montanha mais alta de África

Ori~/ Wikimedia Commons

A caricata paisagem do Kilimanjaro está pontilhada por umas divertidas formas castanhas. Parecem ter pelo, e animam-se na ponta. Para sobreviver, têm ótimas armas contra o frio.

Em português, chama-se tasneirinhas. Mas estas são versões gigantes: parecem catos gigantes com um ananás na ponta.

Estas bizarras plantas são abundantes no árido Kilimanjaro, o famoso vulcão da Tanzânia, conhecido por ser a montanha mais alta de toda a África.

As plantas gigantes do Kilimanjaro(Dendrosenecio kilimanjari) crescem a altitudes entre os 2.800 e os 4.000 metros, onde recebem apenas chuva suficiente para sobreviver, segundo explica o operador turístico Tranquil Kilimanjaro à Live Science.

Diz ainda que esta montanha “cria o seu próprio clima”, com temperaturas que podem oscilar entre a base, quente e húmida, ao topo, onde se atingem 29ºC negativos.

Mas estas curiosas plantas não têm medo do frio: quando as suas folhas morrem, dobram-se sobre o caule e criam uma espessa camada de isolamento contra as baixas temperaturas. Para além disso, as plantas gigantes expelem substâncias “anticongelantes” que lhes permitem crescer acima da linha das árvores.

De acordo com os operadores turísticos, as plantas gigantes crescem 2,5 a 5 centímetros por ano, o que significa que os espécimes mais altos podem ter pelo menos 100 anos de idade.

Algumas podem mesmo atingir entre 6 a 9 metros de altura, mas crescem apenas poucos centímetros por ano. De acordo com um estudo genético efetuado por botânicos, publicado na revista PNAS, as plantas colonizaram o Kilimanjaro nos últimos 1 milhão de anos e as plantas gigantes evoluíram à medida que certas espécies se adaptaram às condições hostis e migraram para a montanha.

ZAP //

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