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Japão apresenta novo canhão eletromagnético que destrói mísseis supersónicos

JMSDF

Canhão eletromagnético do Japão

O Japão divulgou novas imagens do seu mais recente canhão eletromagnético, para combater mísseis supersónicos.

A Força de Autodefesa Marítima do Japão (JMSDF) e a Agência de Aquisição, Tecnologia e Logística (ATLA) desenvolveram um incrível canhão eletromagnético capaz de destruir mísseis supersónicos.

Parecem saídos de um filme de ficção científica, mas a verdade é que os canhões elétricos foram desenvolvidos pela primeira vez na década de 1920.

Como explica a New Atlas, é esta maquinaria que está por trás dos comboios maglev e dos lançadores de aviões de combate nos mais recentes porta-aviões dos EUA.

No caso do canhão elétrico, é usado para impulsionar projéteis a velocidades tremendas sem a necessidade de explosivos.

Os Estados Unidos, a Índia, a China, a França e a Alemanha têm estudado o desenvolvimento de um canhão elétrico prático para navios de guerra e artilharia terrestre: mas é o Japão que tem demonstrado mais, investindo, desde 2016, 46,3 mil milhões de ienes (300 milhões de euros) nos últimos três anos.

O Japão quer melhorar as suas capacidades de defesa contra ameaças aéreas e marítimas avançadas. Esta iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla para enfrentar os desafios colocados pelos mísseis supersónicos e outros projéteis de alta velocidade.

O protótipo mais recente do canhão foi testado no navio JS Asuka da Força de Autodefesa Marítima. É capaz de disparar projéteis de 40 mm com peso de 320 gramas a velocidades de até Mach 6,5 e consome cerca de 5 megajoules por tiro. Segundo a New Atlas, o objetivo é aumentar para 20 megajoules no futuro.

Embora os canhões elétricos sejam dispositivos relativamente simples, transformá-los numa arma prática não é nada fácil.

Um dos problemas mais comuns é a criação dos sistemas de energia necessários para operar tais armas. Além disso, há as questões do manuseio do calor gerado pela arma e a miniaturização dos sistemas para que possam ser instalados a bordo de navios e outras plataformas.

De particular interesse para o Japão é a utilização destes canhões para combater mísseis supersónicos da China e outras superpotências. No comunicado da JMSDF, não é indicada qualquer data para quando ou se o canhão elétrico japonês deverá ser utilizado.

Miguel Esteves, ZAP //

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