Casa Branca tem plano para eliminar financiamento à ONU e NATO

Gage Skidmore / Wikipedia

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio

Cortes no Departamento de Estado preveem eliminação da ajuda externa para saúde, programas de imigração e de cooperação internacional.

O Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca submeteu um documento a que o Washington Post teve acesso onde propõe a redução do orçamento para o Departamento de Estado em quase 50%.

Estes cortes, explica a AP, pressupõem o encerramento de missões diplomáticas em vários países, redução de funcionários e a eliminação do financiamento de quase todas as organizações internacionais. Entre elas, está a própria Organização das Nações Unidas e a sede da NATO.

Ainda assim, segundo esta agência,  proposta deverá ser rejeitada pelo Congresso, que a terá de votar nos próximos meses. Só que a proposta dá uma ideia das prioridades da administração Trump, indica a AP, num momento em que já foram realizados cortes drásticos na ajuda externa dos EUA.

De acordo com o Washington Post, a ser aprovado, este plano faria descer a assistência humanitária em 54% e o financiamento da saúde global 55%. Mas as organizações internacionais veriam o seu apoio reduzido em 90%.

Para além do corte total do financiamento à ONU e à NATO, prevê-se ainda no texto uma eliminação do gabinete que apoia os afegãos e os ajuda a escapar ao regime talibã, bem como o corte de vários programas de refugiados e de imigração.

A Casa Branca quer ainda eliminar o financiamento para a saúde mundial, com exceção de pequenos valores destinado aos HIV, tuberculose e malária.

“Quando a América em primeiro lugar se tornar a América sozinha, a nossa economia, segurança e prosperidade sofrerão à medida que os adversários preencherem o vazio que a Administração Trump deixa para trás”, comentou a senadora democrata Jeanne Shaheen.

“Os investimentos em programas diplomáticos que promovem a paz e a estabilidade e fazem avançar os interesses da segurança nacional americana são prioridades de bom senso que devem refletir-se no pedido de orçamento do Departamento de Estado”, acrescentou.

Carolina Bastos Pereira, ZAP //

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