Yahya Arhab / EPA

Ataques contra o grupo rebelde Houthi fizeram ainda 101 feridos. Trump promete “força esmagadora letal”, Irão promete vingar-se.
“Financiados pelo Irão, os bandidos Houthi dispararam mísseis contra aviões americanos e atacaram as nossas tropas e aliados”. É assim que Donald Trump justifica os ataques aéreos contra os rebeldes Houthi no Iémen na noite deste sábado. Há 31 mortos e 101 feridos, avança a BBC.
Trump escreveu um longo texto na Truth Social onde diz que a “pirataria, violência e terrorismo” dos Houthi custaram “milhares de milhões de dólares” e ameaçaram vidas humanas.
Dezenas de navios mercantes foram, de facto, atacados pelos Houthis, em consequência da intervenção dos EUA na guerra da Palestina, com os norte-americanos a aproximarem-se a Israel. Os Houthi e Israel têm também trocado ataques aéreos.
Deixa ainda um rol de ameaças: “A todos os terroristas Houthi, o seu tempo acabou, e os vossos ataques devem parar, a começar hoje. Se não o fizerem, o inferno cairá sobre vós como nunca viram antes!”. Acrescenta ainda que “usaremos uma força letal esmagadora até atingirmos o nosso objetivo”.
O grupo rebelde apoiado pelo Irão, que considera Israel seu inimigo, controla a região de Sanaa, onde decorreram os ataques, e o noroeste do Iémen. O grupo não lidera o país, no entanto, está à frente do Ministério da Saúde (que avança o número vítimas), por exemplo.
Os Estados Unidos, Israel e a o Reino Unido já tinham atingido anteriormente áreas controladas pelos Huthis no Iémen. Agora, de acordo com a Lusa, o grupo promete retaliar: “As nossas forças armadas estão prontas para responder a uma escalada com uma escalada”, advertiu o gabinete político dos rebeldes, classificados pelos Estados Unidos como uma “organização terrorista estrangeira”.
O Irão também já ameaçou os EUA após os ataques: “O Irão não procura a guerra, mas se alguém o ameaçar, dará respostas adequadas, resolutas e definitivas” a qualquer ataque, garantiu o general Hossein Salami à televisão estatal.
Horas antes, o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmou que os Estados Unidos “não têm direito de ditar” a política externa do Irão.