Paleontólogo estava a passear na famosa de Ilha de Wight quando encontrou um vestígio de um herbívoro (muito) antigo.
Os iguanodontes, ou “dente de iguana”, eram um tipo de ornitópode-dinossauros herbívoros que viviam durante o início do período Cretáceo (há 110 milhões a 140 milhões de anos atrás).
Herbívoro grande e volumoso, chegava a pesar 5 000 kg e a medir cerca de 3 metros e 10 metros de comprimento.
Habitavam essencialmente nas zonas actuais de Bélgica e Reino Unido – e a Ilha de Wight, conhecida como “Ilha dos Dinossauros”, fica a sul de Southampton, na costa sul da Inglaterra. Ou seja, Reino Unido.
Durante o período Cretáceo, o nível do mar era mais baixo no local. A Ilha de Wight era uma planície verde inundada. Os vestígios enterrados, submersos, foram resistindo ao longo de milénios.
Hoje em dia, se há tempestade, os penhascos da ilha ficam muito afectados, corroídos, facilitando a investigação da sua rica história paleontológica.
Foi precisamente nesse local, numa praia, que há poucos dias se descobriu uma enorme pegada de um iguanodonte.
Joe Thompson, paleontologista, aproveitou um período pós-tempestade para andar pela praia à procura de vestígios de dinossauros.
Até que, quando já estava cansado e desiludido porque pensava que não ia encontrar nada, viu uma impressão roxa estranha que parecia o dedo do pé de uma pegada pré-histórica.
Afinal são três dedos mas, só esses três dedos, têm cerca de 1 metro de comprimento cada.
“É provavelmente a melhor pegada que já descobri“, confessou Joe Thompson na BBC, que estima que a pegada tenha cerca de 130 milhões de anos.
Este vestígio tem uma particularidade: ficou roxa. A cor mudou, possivelmente, devido à argila naquela praia. A tonalidade roxa da pegada estará relacionada com a oxidação de minerais.
E há que aproveitar: por ser pegada de argila, e por agora estar mais exposta à natureza, provavelmente a pegada vai desaparecer daqui a alguns meses.