“Feijões gigantes” encontrados em Marte são indícios de vida

A NASA detetou “feijões vermelhos” congelados nas dunas de areia de Marte, que ficaram retidos no local até à primavera. Esta descoberta pode ajudar os cientistas a descobrir se alguma vez houve água suficiente em Marte para sustentar a vida.

Apesar de a NASA os ter descrito como “feijões”, calma… não se podem comer.

A fotografia captada em setembro de 2022, pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da NASA, mas apenas divulgada em dezembro, intrigou os cientistas.

É possível ver as dunas surpreendentemente imóveis e os sósias dos feijões gelados.

Como explica a Live Science, as dunas, tanto em Marte como na Terra, normalmente migram à medida que o vento recolhe grãos de areia de um lado da duna e os deixa noutro, fazendo com que os desertos pareçam mares em câmara lenta.

No entanto, as dunas apresentadas na fotografia estão cobertas por uma camada de gelo de dióxido de carbono durante o inverno do hemisfério norte em Marte.

A quantidade de dióxido de carbono em Marte varia consoante a inclinação do planeta em relação ao Sol – de forma diferente do nosso planeta.

Se, por um lado, na Terra oscila um pouco quando gira sobre um eixo ligeiramente inclinado, o que nos dá as quatrodiferentes estações. Por seu turno, a inclinação axial de Marte oscila muito ao longo de milhões de anos, alterando drasticamente as suas estações.

Quando Marte está suficientemente inclinado, o gelo de dióxido de carbono transforma-se em gás em grande escala – o suficiente para dar a todo o planeta uma atmosfera mais espessa. Esta atmosfera mais espessa pode ter sido suficiente para suportar água líquida durante longos períodos.

Estudar a forma como o gelo muda com as estações pode ajudar os cientistas a reconhecer formações geológicas causadas pelo dióxido de carbono, revelando mais pormenores sobre as mudanças climáticas do planeta.

Se houve períodos de tempo em que o clima suportou água líquida estável, há uma grande possibilidade de Marte ter suportado vida microbiana – e pode até estar ainda escondida algures.

ZAP //

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