Governo incompetente, fardo e o falhanço chamado Moedas. Pedro Nuno atira em várias direções

1

Hugo Delgado / LUSA

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos

Líder do PS acha que o Governo é “profundamente incompetente, ideológico e sem visão e desígnio para o país”.

O secretário-geral do PS acusou neste sábado o Governo de ser “profundamente incompetente” e de não ter “uma visão e um desígnio para o país”, apontando como exemplo a forma como tem gerido o Serviço Nacional de Saúde.

Em Vila Nova de Famalicão, num almoço de apresentação da candidatura de Eduardo Oliveira à Câmara local, Pedro Nuno Santos classificou o executivo de Luís Montenegro como o Governo do setor privado na saúde.

Temos um Governo profundamente incompetente, ideológico e sem visão e desígnio para o país”, referiu.

Para o líder do PS, uma coisa é apresentar ‘powerpoints’, outra bem diferente “é governar e resolver os problemas do país”.

Focando-se no SNS, Pedro Nuno Santos disse que o Governo, em campanha eleitoral, prometeu “alguma facilidade” na resolução dos problemas, mas hoje revela “incapacidade e incompetência”, cometendo “erros todos os dias”.

Apontou o aumento de urgências fechadas, as listas de espera cirúrgica dos doentes oncológicos, os tempos de espera nas urgências, as “barreiras” criadas no acesso ao SNS, designadamente às grávidas, e a criação das unidades de saúde familiar privadas.

“Temos em curso a retirada do Estado do SNS (…). Este é o Governo não do SNS, mas do setor privado na saúde”, criticou.

Para Pedro Nuno, o atual Governo, depois da distribuição do excedente orçamental deixado pelos socialistas, “não tem mais nada para apresentar ao país”.

Por isso, apelou à mobilização do partido, para concretizar a “grande tarefa” de ganhar as Autárquicas e renovar a sua proposta política para o país.

“Queremos continuar a ser a maior força política autárquica de Portugal”, sublinhou, defendendo que a aposta é que Portugal cresça e que o crescimento “chegue a toda a gente”.

“Desrespeito pelo interior”

Já à noite, e ainda sobre o SNS, a não abertura de vagas para contratação de médicos de família no distrito de Castelo Branco mostra que “o desrespeito deste Governo pelo interior é gritante”, disse o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, na tenda da Feira Raiana, em Idanha-a-Nova.

“Há 28 mil utentes sem médico de família neste distrito. O Governo abriu concurso para contratar médicos mas para Castelo Branco foram zero”, lamentou Pedro Nuno Santos, para quem outro exemplo do “desinteresse” do atual Governo pelo interior foi a suspensão do Plano de Revitalização da Serra da Estrela.

“Os maiores investimentos no interior foram feitos pelo PS, mas a obra ainda não está acabada”, contrapôs o secretário-geral socialista.

Pedro Nuno Santos também não esqueceu a abolição das portagens e realçou que “o PS não fez nenhum favor ao interior”, mas quis mostrar “o profundo respeito por quem cá continua a viver e a trabalhar”.

O interior não é um fardo, é uma oportunidade para desenvolver o país. O PS é o partido do povo e para continuar a desenvolver o interior. Quando dizem que a democracia está ameaçada pelos extremismos também é porque o povo do interior se sente esquecido, enganado e relegado para segundo plano”, considerou.

Uma situação que não seria possível com Mário Soares, que foi “o presidente de todos os portugueses, do litoral ao interior, de norte a sul. Foi quem iniciou as Presidências Abertas e fê-las no interior”, lembrou Pedro Nuno Santos – João Soares, filho de Mário Soares, estava presente neste jantar evocativo do centenário do fundador do PS e antigo Presidente da República.

“Moedas falhou”

O secretário-geral do PS afirmou que Carlos Moedas “falhou” e não foi capaz de resolver “um único problema”, sublinhando que no seu mandato se agravaram os problemas da mobilidade, da habitação, da higiene e da segurança em Lisboa.

Para Pedro Nuno, o presidente da Câmara de Lisboa, neste momento, “não é mais do que um produto de comunicação e de imagem”.

“Aquilo de que Lisboa precisa é de um presidente de câmara com a capacidade e a força para resolver os problemas da cidade de Lisboa, que Carlos Moedas é incapaz de resolver“, sublinhou.

Pedro Nuno reagia, assim, às palavras de Carlos Moedas num encontro de autarcas sociais-democratas em Ovar, que, numa mensagem vídeo, acusou o PS atual de estar colonizado pelo Bloco de Esquerda.

“Isso é conversa de um presidente de câmara que não tem sido capaz de resolver um único problema aos lisboetas. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa devia olhar para si e para o seu trabalho, em vez de inventar fantasmas que não existem”, disse ainda o líder socialista.

Admitiu que Moedas “herdou problemas que já são antigos”, só que, ao contrário de os resolver, acabou por os ver agravarem-se.

“Carlos Moedas falhou e hoje basta falar com qualquer lisboeta da esquerda ou da direita para percebermos que os lisboetas já perceberam todos que Carlos Moedas é incapaz de resolver os problemas”, rematou.

Presidenciais

Pedro Nuno Santos disse ainda que está a falar com muitas personalidades da área socialista sobre as Presidenciais, mas sublinhou que ainda não é o momento de o partido decidir qual o candidato que vai apoiar.

Em declarações aos jornalistas, já em Braga, Pedro Nuno lembrou que o PS não vai apresentar um candidato, mas sim apoiar um candidato, pelo que há uma fase que não se pode saltar, “que é o momento em que as pessoas avançam, demonstram a sua vontade”.

“O Partido Socialista está a acompanhar o processo com muito interesse, eu próprio estou a falar com muitas personalidades da área socialista e, portanto, nós faremos o nosso processo de decisão no momento em que o Partido Socialista entender que é o adequado”, referiu.

Por isso, acrescentou, o PS vai esperar para perceber quais são as pessoas que estão disponíveis para serem candidatos e depois fazer a sua escolha.

Pedro Nuno quer uma candidatura “que possa ganhar as eleições presidenciais” e diz que o país precisa de um Presidente da República que tenha “uma grande preocupação social com a igualdade, com a liberdade, com a solidariedade”, à imagem de Mário Soares e Jorge Sampaio.

ZAP // Lusa

Siga o ZAP no Whatsapp

1 Comment

  1. É realmente triste o partido socialista estar entregue a este fraco líder, simpatizante do bloco de esquerda, a esquerda mais radical e insensata da europa!!! É lamentável um partido tradicionalmente de centro-esquerda estar entregue a um fanático radical como este! António José Seguro seria um líder bem mais adequado!

    Editar – 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.