Militar da GNR condenada por abandonar posto para ir ter com capitão com quem namora

2

// José Coelho / Lusa

A militar foi condenada a prisão com pena suspensa por ter abandonado o posto para ir entregar as chaves de casa ao Comandante de Destacamento, com quem tem uma relação amorosa.

Uma guarda da GNR, de 37 anos, afeta ao posto de trânsito de Coina, no Barreiro, foi condenada a oito meses de prisão, com pena suspensa por um ano, pelo crime de abandono de posto.

A decisão foi confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, após recurso da arguida, que alegou que estava a ser atacada pelos colegas por manter uma relação com o Comandante do Destacamento, escreve o Correio da Manhã.

Segundo o processo, os factos ocorreram a 21 de outubro de 2021, durante um turno das 07h00 às 15h00. A guarda e um cabo foram destacados para uma missão de escolta de material de guerra da Marinha.

Contudo, antes do cumprimento da tarefa, o comandante do destacamento, que mantém uma relação com a militar desde 2020, pediu à patrulha que regressasse ao posto. Alegadamente, necessitava de falar com a guarda e recolher as chaves de casa. Após a conversa, a militar abandonou o local no carro particular, fardada, sem informar o cabo que chefiava a patrulha.

O tribunal considerou que a guarda abandonou o posto sem autorização ou justificação legítima, comprometendo a prontidão operacional. A versão da militar, que afirmou ter-se sentido mal e ter enviado uma mensagem ao companheiro para ser substituída, não foi corroborada pelas provas apresentadas. O tribunal destacou ainda que outros guardas tentaram, de forma improcedente, validar a narrativa da arguida.

A militar, que tem um histórico de duas condecorações, uma referência elogiosa e uma pena disciplinar de repreensão escrita, foi ainda criticada pela ausência de autocensura nos seus argumentos. A suspensão da pena está condicionada à execução de um plano de reinserção social com supervisão.

Durante o julgamento, a guarda atribuiu o processo a represálias por descontentamento dos colegas com as classificações de serviço atribuídas pelo seu companheiro. O acórdão, contudo, rejeitou esta tese, considerando o depoimento da arguida como inconsistente e marcado por um discurso de vitimização.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

2 Comments

  1. Se calhar dorme com o comandante na camarata do Posto e ainda vai a tempo de engravidar. Ser militar não é isto nem é para todos.

    4
    2

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.