Príncipe André, irmão do Rei Carlos III, tinha uma relação próxima com um espião chinês, entretanto expulso do país.
O príncipe André volta a “abalar” a família real do Reino Unido. Mesmo estando longe das câmaras, devido à ligação com Jeffrey Epstein – protagonista numa rede de abuso e exploração sexual de menores – e à acusação de participar em orgias com menores.
Desta vez, o irmão do Rei Carlos III tinha uma relação próxima com um cidadão chinês, que era afinal um espião a trabalhar para Pequim. Era uma “ameaça à segurança nacional” e, por isso, já foi expulso do Reino Unido.
O chinês tem 50 anos, tinha sido funcionário público na China e até já tinha sido proibido de entrar no Reino Unido, no ano passado.
De acordo com o The Times, André convidou duas vezes esse espião chinês a entrar no Palácio de Buckingham.
E o chinês de 50 anos também entrou noutras residências da família real, sempre após convites do príncipe: Palácio de St. James e Castelo de Windsor.
O mesmo espião foi convidado para uma festa de aniversário de André numa casa em Windsor, na Royal Lodge.
O príncipe André já avisou, na sexta-feira, que “cessou todos os contactos” com esse empresário chinês, depois de ter falado com o Governo de Londres. E assegura que nunca falou sobre “assuntos sensíveis”.
Este caso também está a abalar o Governo liderado por Keir Starmer. A oposição alerta o primeiro-ministro para os perigos das relações mais próximas com a China, criticando o Governo trabalhista de querer acelerar essas relações.
Iain Duncan Smith, que foi líder do Partido Conservador, avisa no The Guardian que este processo do espião chinês é apenas “a ponta do icebergue”: a China está mesmo a tentar infiltrar-se no Reino Unido a larga escala, diz o deputado.
Segundo Duncan Smith, os esforços do primeiro-ministro Keir Starmer no sentido de ter melhores relações com Pequim colocou o Reino Unido “numa enorme fraqueza em relação à China”.