Cibercriminosos russos podem ter conseguido aceder a informações sensíveis alojadas no sistema informático da Casa Branca. A CNN noticiou que os hackers deitaram a mão a detalhes confidenciais sobre o Presidente Barack Obama.
A emissora televisiva norte-americana, citando fontes próximas do processo, afirmou ontem que um grupo de criminosos cibernéticos conseguiu invadir a rede informática da Residência Presidencial norte-americana e ter acesso a informações sobre o itinerário e comunicações de Barack Obama.
Reportando-se a informações avançadas pela Reuters, a revista Fortune descreve que, no passado mês de novembro, hackers infiltraram-se no sistema de correio eletrónico do Departamento de Estado norte-americano, e que, volvido cerca de um mês, a rede informática da Casa Branca registava atividades ditas “suspeitas”. Diz a Fortune que o ataque ao Departamento de Estado permitiu que os perpetradores cibernéticos ganhassem acesso à Casa Branca, que, ao que parece, era o objetivo desta campanha.
À CNN, Ben Rhodes, conselheiro de segurança nacional adjunto, explicou que o sistema informático da Casa Branca bifurca-se em “Classificado” e “Não Classificado”. Rhodes disse que os hackers só conseguiram alcançar a vertente de informação não confidencial.
A emissora disse que durante meses os cibercriminosos estiveram infiltrados nos sistemas informáticos do Departamento de Estado, e que, apesar das tentativas, não foram totalmente erradicados da rede.
A Fortune diz que oficiais do governo norte-americano acreditam que os atacantes estão, de alguma forma, associados ao Estado russo. Contudo, segundo a Reuters, o porta-voz Mark Stroh afirmou que a Casa Branca recusa-se a emitir qualquer comentário sobre a atribuição do ataque à Rússia feita pela CNN.
A relação entre os Estados Unidos e o centro nervoso da antiga União Soviética é, declaradamente, atribulada. Ex-rivais da Guerra Fria, estas duas potências continuam a travar pequenas batalhas no campo cibernético, e acusações desta natureza não chegam como uma surpresa para ninguém. Contudo, o ataque a uma das maiores instituições do governo norte-americano evidencia a escalada de hostilidades entre os dois Estados.
Filipe Pimentel, B!T