Reino Unido: “Estamos à beira da terceira era nuclear”

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Chefe das forças armadas britânicas salientou as “ameaças selvagens” da aliança formada por China, Rússia, Irão e Coreia do Norte.

O mundo está à beira de uma terceira era nuclear. Poderia ser o argumento de um filme, mas o aviso é real.

O almirante Sir Tony Radakin, chefe das forças armadas do Reino Unido, deixou esse alerta nesta quarta-feira, num discurso.

No think tank de defesa do Royal United Services Institute, em Londres, o responsável recuperou a História: a primeira fase da era nuclear ocorreu durante a Guerra Fria, a segunda ficou definida pelo desarmamento.

Agora a terceira era nuclear está mais próxima, numa fase em que as ameaças e os exercícios nucleares estão a tornar-se novamente mais predominantes.

Estamos à beira de uma terceira era nuclear, que é totalmente mais complexa. É definida por múltiplos e simultâneos dilemas, pela proliferação de tecnologias nucleares e disruptivas e pela ausência quase total das arquiteturas de segurança que existiam antes”, comentou.

Tony Radakin salientou as “ameaças selvagens” da aliança formada por China, Rússia, Irão e Coreia do Norte.

“Da Rússia, temos assistido a ameaças selvagens de utilização nuclear táctica, exercícios nucleares em grande escala e ataques simulados contra países da NATO, todos concebidos para nos coagir a tomar as medidas necessárias para manter a estabilidade”, analisou, citado no The Independent.

Saindo das fronteiras russas: “O desenvolvimento nuclear da China representa um duplo desafio para os EUA. A incapacidade do Irão em cooperar com a Agência Internacional de Energia Atómica é uma preocupação, e o programa de mísseis balísticos e o comportamento errático da Coreia do Norte representam uma ameaça regional e, cada vez mais, uma ameaça global”.

Mesmo assim, tentou tranquilizar os britânicos: a probabilidade de a Rússia atacar directamente ou invadir o Reino Unido é “remota”; mesmo que os dois países estivessem em guerra.

“Há apenas uma hipótese remota de um ataque direto significativo ou de uma invasão da Rússia ao Reino Unido; é o mesmo para toda a NATO.”

Moscovo “sabe que a resposta seria esmagadora”, justificou.

Mas o Reino Unido precisa de ter “olhos claros na nossa avaliação” das ameaças que enfrenta.

Também é por isso que sucessivos governos britânicos investiram “somas substanciais de dinheiro” na renovação de submarinos nucleares e ogivas.

ZAP //

2 Comments

  1. Ah… e tal… A culpa é sempre dos outros, e estamos á beira de uma guerra nuclear. Estes irresponsáveis falam como se isto fosse um assunto trivial. Se isso acontecer MORREMOS TODOS suas bestas. E para completar, esta classe de vagabundos que nos “governam” ainda acha que a solução para as tensões existentes, será continuar a investir “somas substanciais de dinheiro” na renovação de submarinos nucleares e ogivas.

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