Isabel II “roubada” com a ajuda de explosivos. Margarida II de Warhol também foi levada

Halcyon Gallery

Rainha Isabel do Reino Unido, Andy Warhol.

Assalto “estranho” com explosivos potentes resultou no roubo de duas obras do artista norte-americano Andy Warhol nos Países Baixos. Outras duas foram deixadas na rua pelos assaltantes “amadores”.

Duas obras do artista norte-americano Andy Warhol de uma série sobre rainhas criada nos anos 1980 foram roubadas de uma galeria de arte em Oisterwijk, nos Países Baixos, noticiaram esta sexta-feira os media locais.

Os intrusos assaltaram a MPV Gallery durante a noite usando explosivos potentes, segundo o proprietário, Mark Peet Visser, levando quatro serigrafias da série “Reigning Queens” de Warhol que iriam ser vendidas numa feira de arte em Amesterdão.

Andy Warhol criou as obras na década de 1980, retratando quatro rainhas daquela época: a britânica Isabel II, a dinamarquesa Margarida II, a holandesa Beatriz, e a rainha Ntombi Twala da Suazilândia.

Os retratos das rainhas Isabel e Margarida foram roubados, enquanto os das outras duas foram deixados na rua, disse Visser à televisão pública NOS.

O galerista relatou que se tratou de um “roubo planeado”, mas “amador”, e explicou que os ladrões não conseguiram levar todas as obras da série de Warhol, pois as imagens de videovigilância mostraram que não cabiam no veículo usado.

Apesar de não terem conseguido levar todas as serigrafias, o galerista lamentou que as quatro peças tenham ficado “irremediavelmente danificadas” quando foram retiradas das molduras, considerando o resultado “uma grande perda”.

A forte explosão arrancou a porta da entrada da galeria e deixou destroços e vidros espalhados tanto no interior do edifício como na rua.

“O ataque à bomba foi tão violento que todo o meu edifício foi destruído” e as lojas vizinhas também ficaram danificadas, disse, citado pelo The Guardian. “Eles fizeram essa parte bem, demasiado bem. E depois correram para o carro com as obras de arte e acontece que elas não cabem no carro”, reforçou.

É estranho que tenham sido usados explosivos“, disse um detetive de arte holandês ao jornal britânico. “Não é comum nos roubos de arte”, reforçou Arthur Brand.

Visser recusou-se a atribuir um valor às quatro obras assinadas e numeradas, mas garantiu que valem “uma quantia considerável“. Já Brand diz que as obras roubadas “não eram únicas” e que muito provavelmente foram feitas dezenas delas. “Isto torna-as mais fáceis de vender do que as obras únicas, mas não muito mais fáceis”, disse.

ZAP // Lusa

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