“Espingarda apontada para ela, ok?”. Trump investigado por possível ameaça de morte

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Donald Trump em campanha em Milwaukee, Wisconsin, esta sexta-feira.

Trump sugeriu que o “falcão de guerra radical”, a ex-congressista conservadora Liz Cheney, deveria enfrentar um pelotão de fuzilamento:”vamos colocá-la ali com uma espingarda com nove canos apontados para ela, ok?”

A procuradora-geral do Arizona, a democrata Kristin Mayes, anunciou esta sexta-feira a abertura de uma investigação sobre uma possível “ameaça de morte” à ex-congressista conservadora Liz Cheney feita pelo candidato presidencial republicano, Donald Trump.

“Já pedi ao chefe da minha divisão criminal para começar a analisar essa declaração e verificar se ela se qualifica como uma ameaça de morte segundo a lei do Arizona”, disse Mayes em entrevista à KPNC, afiliada local da NBC News em Phoenix.

“Não estou preparada neste momento para dizer se foi ou não [uma ameaça], mas não é algo útil quando nos preparamos para as nossas eleições e tentamos garantir a paz nas urnas e no nosso Estado”, acrescentou.

“Espingarda com nove canos apontados para ela”

Durante um evento no Arizona, com o apresentador conservador Tucker Carlson, Trump sugeriu que Cheney deveria enfrentar um pelotão de fuzilamento pelas suas posições em política externa.

“Ela é um falcão de guerra radical”, que devia ser despedida, disse Trump na quinta-feira à noite: “Vamos colocá-la ali com uma espingarda com nove canos apontados para ela, ok? Vamos ver como ela se sente em relação a isso, sabe, quando as armas estiverem apontadas à sua cara”, disse o candidato republicano à presidência sobre aquela que já foi a terceira republicana na liderança da Câmara: é “muito burra”, “estúpida” e “idiota”, afirmou ainda.

Quem é Liz Cheney?

Cheney tornou-se a número três entre os republicanos na Câmara dos Representantes e foi uma das poucas que ousou enfrentar Trump durante o seu mandato, algo que lhe custou a sua posição no Congresso e o ostracismo dentro do partido.

A ex-congressista e o seu pai, o ex-vice-presidente republicano Dick Cheney (2001-2009), anunciaram o seu voto na candidata democrata, a atual vice-presidente, Kamala Harris.

Kamala: Trump “está claramente desqualificado para ser Presidente”

A candidata democrata reagiu, afirmando que a violência verbal de Trump deveria “ser motivo suficiente para desqualificá-lo” na corrida à Casa Branca.

“Quem queira ser Presidente dos Estados Unidos e use este tipo de linguagem violenta não está capacitado para ocupar esse cargo”, acrescentou.

O ex-Presidente norte-americano “aumentou a violência verbal contra os seus adversários políticos e, detalhadamente, sugeriu apontar armas à ex-congressista Liz Cheney”, reforçou a vice-presidenteao chegar a Madison, Wisconsin (norte).

“Está claramente desqualificado para ser Presidente“, acrescentou.

Corrida aperta: é taco a taco

A vantagem nacional de Kamala Harris nas sondagens está no ponto mais baixo desde que entrou na corrida, mas a candidata democrata ganhou força em estados decisivos da “muralha azul”, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.

De acordo com a mais recente sondagem da Marist, Kamala Harris lidera as intenções de voto com 51% contra 48% de Donald Trump no Michigan e 50% contra 48% no Wisconsin. Esta nova pesquisa também dá à democrata vantagem na Pensilvânia, 50% para 48%, que será crucial para a vitória a 5 de novembro.

No entanto, outras sondagens mostram uma corrida mais empatada na Pensilvânia, enquanto o desvio a favor de Harris no Michigan e Wisconsin parece ser mais decisivo. A sondagem da CNN nestes dois estados mostra Harris a liderar (49%-46%).

A “muralha azul” é um grupo de 18 estados que deram a vitória ao candidato democrata durante décadas e que sofreu uma derrocada em 2016, quando Trump venceu no Michigan, Wisconsin e Pensilvânia.

Nos sete estados decisivos, a que se juntam Carolina do Norte, Arizona, Nevada e Geórgia, a nova sondagem HarrisX/Forbes dá Harris na frente por 49%-48%, o que é um empate estatístico.

Na Carolina do Norte, que ainda está a recuperar do furacão Helene, a sondagem Fox News dá Trump com 50% contra 48% de Harris, estando o republicano também com 1 ponto a mais na Geórgia de acordo com a SSRS.

A Emerson coloca a democrata em vantagem no Nevada por um ponto (48%-47%) e no Arizona é Trump quem está folgado, com 51%-47% na pesquisa CES.

A ressalva dos analistas é que estas diferenças são pequenas e por isso caem dentro da margem de erro, o que explica porque é que, mesmo com movimentos para um lado ou para o outro, a corrida continua empatada.

Nas sondagens nacionais, onde Kamala Harris chegou a ter uma vantagem de três a quatro pontos, a corrida apertou de forma significativa. Os agregados dão agora à democrata apenas um ponto a mais que Donald Trump.

A plataforma FiveThirtyEight mostra Harris com 48% e Trump com 46,8%, e ambos com um cálculo similar de hipóteses de vencer.

Ainda assim, é de notar que houve uma ligeira redução da vantagem de Donald Trump na vitória, que é determinada pelos votos do colégio eleitoral e não pelo voto popular. O cálculo da plataforma dava ao republicano uma hipótese de ganhar de 54 em 100 e agora dá 51.

Com milhões de pessoas a votarem antecipadamente, os analistas avisam que dificilmente se conhecerá o vencedor na terça-feira, dia da eleição presencial. À semelhança do que aconteceu em 2020, é possível que o processo demore um ou mais dias, tendo em conta também quão renhida é a corrida.

As eleições decorrem no dia 5 de novembro, próxima terça-feira.

ZAP // Lusa

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7 Comments

  1. Se as eleições Norte-Americanas forem fraudadas e roubadas como em 2020 e o Presidente Trump não for nomeado para Presidir aos destinos do País, provavelmente os militares assumirão o Poder, o mesmo poderá acontecer noutros Países.

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  2. O Donald Trump vai ser investigado por possível ameaça de morte por causa de . No entanto, o Biden disse que estava na altura de por o Trump na mira e logo a seguir houve TRÊS tentativas de assassinato a Trump e não houve preocupações nenhumas. Muito menos investigações ao Biden.

    Agora a horas das eleições norte americanas, tudo serve para impedir que o Trump chegue novamente a Presidente dos EUA.

    Já agora, a Liz Cheney há muito que não tem nada de Republicana. Mas sim Democráta.

    PS: As sondagens IMPARCIAIS dão uma liderança do Donald Trump de 67% contra 33,1% da Kamala. Mas como a comunicação social propagandista é completamente cega e tem um ódio infinito a Trump, já não conseguem ser imparciais. Mas sim activistas pagos.
    Cambada de hipócritas!!!

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  3. Realmente é espantoso como alguem com um cérebro de primata mínimo, pode ainda defender um imbecil criminoso perigoso como Trump. Nos EUA ainda entendo ( é um país de primários incultos com exceção das grandes cidades), mas na Europa é difícil entender.
    Então o Sr Macedo acha que seriam os democratas a falsificar as eleições?
    Não viu ou não quiz ver a reação de Trump à sua anterior derrota?
    Não o ouviu agora na campanha dizer “votem em mim. Será a última vez que terão de votar”?
    Não foi um tal de Musk que, tal como as rifas num circo, oferece milhões a sortear por quem se inscrever para votar Trump? E ao mesmo tempo é íntimo de Vladimir Putin?
    Ó Sr Macedo, porque não emigra então para esse paraíso que se adivinha nos EUA?
    Ou então marque uma consulta de Oftalmologia ou de Psuquiatria !

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  4. Mais «fake news» à portuguesa que resultam d(e se acreditar sem reservas n)a desinformação propagandística dos media norte-americanos «de referência». Na verdade, o que Donald Trump afirmou foi que Liz Cheney (e outros como ela) devia(m) ir combater pessoalmente nas guerras que ao longo dos últimos anos incentivou a partir do conforto de um gabinete. Até Bill Maher, que não é admirador de DJT, bem pelo contrário, denunciou a mentira. Além de que seria um pouco estranho que, a um alvo de um pelotão de fuzilamento, fosse dada uma arma…

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