Os aliens podem estar a matar-se por um problema que nos é familiar

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Um novo estudo sugere que as civilizações extraterrestres podem demorar menos de 1000 anos a destruir os seus próprios planetas, devido às alterações climáticas (mesmo que dependam apenas de energias renováveis).

Ao simular o desenvolvimento e colapso de planetas alienígenas, um grupo de astrofísicos descobriu que o crescimento exponencial no consumo de energia tornaria o planeta demasiado quente para ser habitável, num curto espaço de tempo.

Mesmo recorrendo a fontes renováveis como a energia solar ou eólica, essa fuga de calor aumentaria gradualmente a temperatura planetária.

A ser verdade, encontrar vida inteligente noutros planetas tornar-se-ia ainda mais complexo do que se posso imaginar.

O estudo, publicado recentemente no arXiv, foi motivado precisamente pelo consumo energético humano, que tem crescido exponencialmente desde o século XIX.

Os autores do estudo, Manasvi Lingam, da Florida Tech (EUA), e Amedeo Balbi, da Universidade Tor Vergata de Roma (Itália), analisaram a aplicação da segunda lei da termodinâmica a este problema.

Uma vez que a lei teoriza que não existe um sistema energético perfeito. Ou seja, mesmo em sistemas de energia ultraeficientes, haveria sempre perdas de calor. Como refere a Live Science, essa energia que escapa faz com que o planeta aqueça sempre ao longo do tempo.

Os cientistas compararam esta situação a uma banheira com fugas: Se uma banheira com pouca água tiver uma fuga, apenas uma pequena quantidade pode sair. Mas à medida que a banheira se enche uma pequena fuga pode subitamente transformar-se numa casa inundada.

Num planeta é igual: à medida que os níveis de energia aumentam exponencialmente para satisfazer a procura, essa acumulação de fugas de energia (mesmo de energia verde) causa o sobreaquecimento do planeta ao ponto de deixar de ser habitável.

As conclusões do estudo é que, se os níveis de energia não forem controlados, a vida naqueles planetas pode demorar menos de 1000 anos, a partir do início da produção de energia.

Este estudo levantou ainda questões sobre a busca de vida extraterrestre.

Se civilizações com alto consumo energético colapsam em cerca de 1000 anos, encontrar vida inteligente noutros planetas pode ser mais difícil do que se pensava, dado que 1000 anos são insignificantes em termos cósmicos.

ZAP //

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2 Comments

  1. Este estudo levanta uma reflexão interessante sobre o futuro das civilizações, alienígenas ou não. A questão do consumo energético e suas consequências, até mesmo com fontes renováveis, pode ser mais universal do que imaginamos. A evolução tecnológica pode, paradoxalmente, ser a causa da nossa própria destruição.

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