O número de imigrantes em Portugal mais do que duplicou entre 2018 e 2023. O presidente da AIMA reconhece que Portugal não estava preparado para receber tantos imigrantes (embora sejam necessários).
Não é segredo para ninguém: há um atraso grande por parte da administração no agendamento e nos pedidos de resposta aos imigrantes, numa situação que se arrasta e agrava há vários meses.
A justiça portuguesa já impôs à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) 17 mil agendamentos de reuniões com imigrantes.
Os que mais preocupa são mesmo as famílias que estão separadas.
O presidente do organismo anunciou, esta quarta-feira, que a partir de outubro serão abertas mais vagas para processos de reagrupamento familiar.
Em entrevista à agência Lusa, Pedro Portugal Gaspar disse que o grande objetivo é acelerar a integração dos imigrantes regularizados. Neste momento, a prioridade da AIMA é juntar as famílias.
Portugal não estava preparado
Na mesma entrevista, Portugal Gaspar, alertou que Portugal não estava preparado para receber tantos imigrantes: “Em 2018 eram 480 mil estrangeiros; em 2023 eram 1 milhão. Há aqui um problema da dimensão relativamente a essa resposta”, apontou, citado pela Antena 1.
À dificuldade na resposta e à grande carga burocrática (com o número de imigrantes a duplicar num curto espaço de tempo), acresce o problema da integração – “um desafio superior”, em comparação com a regularização.
“Nós até podemos ter uma resolução burocrática ou administrativa dos processos, mas temos o um desafio superior: a verdadeira integração do migrante no espaço nacional”, acrescentou o dirigente.
A resposta envolve, considera Portugal Gaspar, “manter o que existia naturalmente e na articulação com a sociedade civil e com as associações” e entidades públicas, mas também com autarquias, procurando apoiar a “dinâmica do número de migrantes nos respetivos concelhos e a forma como eles são integrados pelas respetivas comunidades locais”.
“Não estava”, mas devia estar
Portugal devia ter-se preparado para receber mais cidadãos estrangeiros. Dados recentes mostram que Portugal precisa dos imigrantes, para elevar o crescimento económico e o nível de vida.
Um estudo da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), publicado há menos de um mês, sugere, precisamente, fortalecer a capacidade de retenção de imigrantes, nomeadamente por via da sua formação e o reforço da AIMA.
Mas, aí, o problema volta ao ponto inicial: Pedro Portugal Gaspar diz que o apoio social aos imigrantes acaba por ser prejudicado pelo volume de pedidos, bem como pela necessidade de verificar a situação jurídica e articular apoios locais.
A análise recente da FEP concluiu que uma economia mais dinâmica e um maior nível de vida pressupõem que Portugal se organize para acolher um fluxo ainda maior de imigrantes, no futuro, de forma controlada. E como? Com mecanismos ligados à evolução económica, como o requisito prévio de um contrato de trabalho; e a auscultação das necessidades de trabalhadores das empresas, acompanhados de uma fiscalização adequada.
Precisa de imigrantes com competências específicas. Não imigrantes indiferenciados que entram sem contrato de trabalho.
Ainda bem que este governo pôs fim a isso.
Precisamos de 200 mil, NÃO de 1 milhão! Não precisamos de gente que passa o dia a vadiar pelas ruas e a viver em barracas.
Acima de tudo, NÃO precisamos que venham cá nascer para obter facilmente a nacionalidade portuguesa, que é o cerne da questão!
NÃO obriguem os portugueses a emigrar para depois usarem a falta deles para a vinda de imigrantes!
A entrada indiscriminada de imigrantes apenas permite que as redes de trafego humano floresçam. É uma vergonha o governo português ter compactuado com tal situação nos últimos dois ou três anos. Os imigrantes são necessários, mas devidamente legalizados e controlados, até para sua própria protecção. Imigrantes sem contrato de trabalho e sem documentação legal, apenas veem para explorar o sns, a ss e viverem em condições desumanas. Tal não é digno de um país como o nosso.