Afinal, a diálise não é o tratamento mais eficaz para a insuficiência renal em idosos

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A diálise é um processo artificial para remover os resíduos e excesso de líquidos do corpo, um processo que é necessário quando os rins já não funcionam adequadamente.

Para os idosos com problemas de saúde, iniciar a diálise imediatamente quando a função renal diminui prolonga a vida em cerca de uma semana.

Segundo o ScienceDaily, os doentes que adiaram a diálise viveram, em média, menos nove dias, mas passaram mais tempo em casa do que aqueles que iniciaram imediatamente o tratamento.

Num novo estudo, publicado esta terça-feira no Annals of Internal Medicine, os investigadores analisaram registos de saúde, de 2010 a 2018, de 20.440 doentes idosos (98% dos quais homens).

Os pacientes tinham idade igual ou superior a 65 anos, apresentavam insuficiência renal cronica, não estavam a ser avaliados para transplante e tinham uma taxa de filtração glomerular inferior a 12.

Seguidamente, dividiram os doentes em dois grupos: os que iniciaram a diálise imediatamente e os que esperaram pelo menos um mês.

A análise permitiu observar que o início imediato de diálise acrescentava nove dias à vida e aumentava em 13 dias o tempo passado em hospitais ou centros de saúde.

O impacto variava consoante a idade. As pessoas com 65 a 79 anos viviam menos 17 dias, mas passavam mais 14 dias em instalações. Em comparação, as pessoas com 80 anos ou mais viveram mais 60 dias, mas passaram mais 13 dias em unidades de internamento.

Os doentes que nunca foram submetidos a diálise viveram, em média, menos 77 dias, e passaram 14 dias em casa.

“O estudo mostra-nos que, se começarmos a fazer a diálise imediatamente, podemos sobreviver mais tempo, mas vamos passar muito tempo com o tratamento e é mais provável que precisemos de ser hospitalizados”, diz a autora principal do estudo Maria Montez-Rath, em comunicado.

Este tratamento é muitas vezes recomendado pelos médicos para dar esperança aos pacientes tendo em conta que as desvantagens nem sempre são claras.

No entanto, salientam os autores do estudo, os médicos devem esperar que a taxa de filtração glomerular baixe ainda mais, bem como considerar os sintomas e as preferências pessoais antes de a iniciar — de modo a alcançar o melhor tratamento para cada doente.

Soraia Ferreira, ZAP //

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1 Comment

  1. Como a maioria são homens deixa andar, no estado misandrico…
    O que importa é a mulheres receberem a reforma, que devia ser calculada pela esperança média de vida.. ou seja 6 anos mais, isso é que não pode faltar, agora o homem pagar para as mulheres ou morrer.. é um estado feminazi e de mansos!..

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