A Conferência de Pequenos Satélites 2024 atribuiu, esta quinta-feira, o Prémio Missão do Ano ao nanossatélite português Aeros MH-1.
O nanossatélite português Aeros MH-1 foi enviado para o espaço a 4 de março e estabeleceu comunicações com a Terra em 19 de março através do teleporto de Santa Maria, nos Açores, operado pela empresa Thales Edisoft Portugal.
A 2 de julho foram divulgadas as primeiras imagens captadas pelo engenho.
Posicionado a 510 quilómetros de altitude, ligeiramente acima da Estação Espacial Internacional, a “casa” e laboratório dos astronautas, o nanossatélite, que pesa 4,5 quilos, vai observar durante três anos o oceano Atlântico.
Menos de meio ano depois, recebeu Prémio Missão do Ano, na Conferência de Pequenos Satélites 2024
O MH-1, que na sua designação homenageia o antigo ministro da Ciência (2015-2022) Manuel Heitor, considerado pelo consórcio do nanossatélite como impulsionador do projeto, foi o segundo satélite português a ser enviado para o espaço.
O primeiro foi o PoSAT-1 – um microssatélite de 50 quilos que entrou na órbita terrestre em setembro de 1993, mas foi desativado ao fim de uma década.
Do consórcio nacional do Aeros MH-1 fazem parte várias empresas e instituições académicas portuguesas, às quais se associou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla inglesa), nos Estados Unidos, através do programa de cooperação MIT-Portugal.
O centro de engenharia CEiiA, em Matosinhos, um dos parceiros e que construiu o nanossatélite, irá processar os dados e as imagens para efeitos de estudos científicos.
As universidades do Algarve, Porto e Minho, o Instituto Superior Técnico e o Imar – Instituto do Mar, entre outros, dão o suporte científico à missão.
O nanossatélite, que começou a ser trabalhado em 2020, representou um investimento de 2,78 milhões de euros, cofinanciado em 1,88 milhões de euros pelo Feder – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
ZAP // Lusa
Boa tarde a todos,
Parabéns a todos os envolvidos na missão. Mais uma vez o engenho lusitano a dar frutos.
Se calhar vale a pena apostar na excelência e reter os nossos jovens, em vez de andar a importar o “lixo” de outros países.
Cumprimentos,