O nosso rosto muda com o tempo para se adaptar ao nosso nome

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Uma equipa de cientistas descobriu que o rosto de uma pessoa tende a evoluir para se adequar ao seu nome.

Num novo estudo, uma equipa de cientistas procurou determinar se os pais escolhem o nome do bebé conforme a sua aparência — ou se, pelo contrário, ao longo dos anos a aparência facial do indivíduo muda para corresponder ao nome que os pais lhe dão.

No estudo, publicado este mês na Proceedings of the National Academy of Sciences, a equipa pediu a crianças de 9 e 10 anos que fizessem corresponder rostos a nomes.

Os resultados revelaram que tanto as crianças como os adultos fizeram corresponder os rostos dos adultos aos nomes correspondentes, acima do nível da probabilidade. Por sua vez, quando se tratava de rostos e nomes de crianças, os participantes não conseguiam fazer associações corretas.

Segundo o Phys.org, foi utilizado um algoritmo de machine learning alimentado com uma base de dados de imagens de rostos humanos.

O computador reconheceu que as aparências dos rostos de adultos com o mesmo nome eram mais semelhantes entre si do que as representações de rostos de adultos com nomes diferentes.

Por outro lado, não foi encontrada nenhuma semelhança significativa entre crianças com o mesmo nome em comparação com crianças com nomes diferentes.

“A estruturação social é tão forte que pode afetar a aparência de uma pessoa. Estas descobertas mostram até que ponto outros fatores pessoais, ainda mais significativos do que os nomes, como o género ou a etnia, podem moldar quem as pessoas crescem para ser”, conclui o primeiro autor do estudo, Yonat Zwebner.

Por fim, os investigadores concluíram que a aparência facial muda durante um longo período de tempo para se alinhar com os estereótipos sociais associados ao nome, nomeadamente, quando o nome está ligado a figuras famosas — ou a conotações de um nome bíblico.

Soraia Ferreira, ZAP //

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