Cheias recorde devastam Coreia do Norte. Kim Jong-un culpa autoridades norte-coreanas

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KCNA/EPA

Kim Jong-un

Cinco mil pessoas resgatadas. Kim repreendeu as autoridades locais: “não se mostram confiantes no trabalho de prevenção de desastres. Esperam apenas a sorte do céu”, disse o líder norte-coreano.

O líder da Coreia do Norte visitou este domingo áreas inundadas no noroeste do país devido às fortes chuvas de monção, onde “supervisionou pessoalmente as operações de resgate e evacuação”, informou esta segunda-feira a imprensa estatal.

Kim Jong-un deslocou-se às áreas de Sinuiju e Uiju, ambas junto à fronteira com a China, e gravemente afetadas pelas inundações do rio Amnok devido às fortes chuvas, disse a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

A agência indicou que KIm-Jong Un “supervisionou pessoalmente as operações de salvamento e de retirada dos residentes das zonas afetadas e das pessoas consideradas vulneráveis”.

Os “níveis recorde” de precipitação registados no sábado deixaram isolados cerca de 5.000 habitantes de Sinuiju e Uiju, tendo o exército norte-coreano enviado 10 helicópteros e barcos da marinha para os socorrer.

O caudal de rio na fronteira entre Coreia do Norte e China transbordou as suas margens e criou uma “crise grave”.

Kim Jong-un foi informado sobre a situação e “supervisionou pessoalmente a operação” de socorro dos 5.000 residentes. A KCNA, no entanto, não mencionou o número de mortos ou o montante dos prejuízos causados pelas inundações — que já bateram, no início do mês, um recorde de precipitação com 29 anos no país, com 463 mm num único dia, em Kaesong.

As fotografias divulgadas pela KCNA mostram Kim a conduzir pela zona em estradas perigosamente inundadas e a observar as descolagens e aterragens de helicópteros a partir do aeródromo de Uiju, onde também saudou os residentes resgatados e agradeceu aos membros da força aérea o trabalho realizado.

A Coreia do Norte é particularmente vulnerável às inundações durante as chuvas de verão devido à má irrigação das zonas rurais e à desflorestação.

Kim também repreendeu as autoridades locais por não terem conseguido evitar os danos causados pelas chuvas, apesar de ter insistido em “medidas abrangentes” para evitar tais catástrofes, e designou certas zonas ao longo do rio Amnok nas províncias setentrionais de Pyongan do Norte, Jagang e Ryanggang como zonas especiais afetadas pelas inundações.

“Eles, tomados pelo derrotismo no combate com a natureza, não se mostram confiantes no trabalho de prevenção de desastres. Esperam apenas a sorte do céu“, disse Kim, segundo a KCNA.

ZAP // Lusa

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