A vacina Shingrix, desenvolvida para a zona e disponível desde 2017, reduz em 17% o risco de desenvolver demência nos seis anos seguintes.
Um novo estudo, publicado esta quinta-feira na Nature Medicine, revelou que a vacina mais recente contra o herpes-zóster (zona) pode atrasar ou prevenir o aparecimento de demência de forma mais eficaz do que a versão mais antiga.
A zona ocorre quando o vírus varicela-zóster, causador da varicela, é reativado, resultando numa erupção cutânea dolorosa.
Como o risco de desenvolver zona aumenta com a idade, recomenda-se que pessoas mais velhas recebam a vacina.
Já há vários anos que a vacinação contra a zona está também associada à proteção contra a demência.
A vacina Zostavax foi amplamente utilizada até 2017, quando muitos países começaram a adotar a Shingrix.
No novo estudo, investigadores da Universidade de Oxford (EUA) procuraram entender o impacto da Shingrix na prevenção da demência.
Foram analisados os registos médicos de 103.837 indivíduos nos Estados Unidos imunizados após o lançamento da Shingrix em novembro de 2017, e compararam com 103.837 imunizados antes disso. Selecionaram-se 100.532 pessoas em cada grupo, com uma média de 71 anos, excluindo aqueles que receberam ambos os tipos de vacina.
Os resultados revelaram que aqueles que foram vacinados com Shingrix tinham 17% menos probabilidade de desenvolver demência, pelo menos, nos seis anos seguintes, em comparação com os vacinados com Zostavax.
Apesar de ambos os sexos apresentarem taxas semelhantes de zona, o estudo constatou que as mulheres, em particular, parecem beneficiar mais da vacina.
Fenómeno está por explicar
Como escreve a New Scientist, as razões para a redução do risco de demência ainda não são claras.
No entanto, os líderes da investigação teorizam que a explicação provável é as infeções por herpes zoster poderem contribuir para a demência.
Neste cenário, a vacina contra o vírus poderá proteger mais eficazmente os doentes de diagnósticos de demência.
À New Scientist, Richard Lathe, da Universidade de Edimburgo (Reino Unido), alheio aos estudo, refere que há vários tipos de vacinas que estão associados a taxas reduzidas de demência.
Os resultados deste novo estudo podem, por isso, dever-se ao facto de as vacinas darem ao organismo um reforço imunitário geral e não ao facto de a proteção contra a zona reduzir especificamente o risco de demência.
Oxford (EUA)?
Ou Oxford (England)?
Os resultados revelaram que aqueles que foram vacinados com Shingrix tinham 17% menos probabilidade de desenvolver demência, pelo menos, nos seis anos seguintes, em comparação com os NÃO vacinados com Zostavax.
Tem de acrescentar o NÃO