Médica administrou Aspegic, um medicamento que pode causar problemas sérios em asmáticos. João tinha asma.
Uma médica foi condenada a 3 anos de prisão, uma pena substituída por uma suspensão de 4 anos. Está afastada da sua profissão até 2028.
A decisão foi anunciada pelo Tribunal da Relação do Porto, na sequência de um caso ocorrido em 2017.
O Correio da Manhã relata que João Fernandes, que tinha 16 anos, foi ao centro de saúde em Arouca porque tinha tosse, dores de cabeça e febre.
Foi atendido pela arguida que, na altura, não consultou a ficha clínica do utente.
Não viu o histórico, onde estava escrito que João, doente asmático, era alérgico a outros anti-inflamatórios não esteroides (Ibuprofeno, neste caso).
Por não ter consultado a ficha, a médica administrou Aspegic por via intravenosa – e o Aspegic não deve ser tomado por pacientes que tenham já alergia a outros anti-inflamatórios não esteroides; pode causar anafilaxia, a reacção alérgica mais grave.
Foi o que aconteceu ao adolescente, que começou a ter desconforto na garganta e dificuldade em respirar.
Morreu, já no hospital.
O caso seguiu para a Justiça. Em primeira instância, a médica nem exprimiu qualquer emoção quando ouviu o relato da mãe do jovem.
Foi condenada por homicídio negligente na forma grosseira.
Agora o tribunal considerou que a médica “adoptou uma conduta extremamente censurável e, mesmo depois de todo o tempo decorrido sobre os factos, não revelou uma atitude, um gesto dos quais pudesse extrair–se a interiorização de qualquer grau de reprovabilidade”.
Os juízes também consideraram que não era obrigatório ter administrado o Aspegic por via intravenosa – esse método terá impedido o salvamento de João Fernandes.
Meninos com xeta conseguem chegar onde os pobres nao conseguem mas nao têm dignidade! Matam pessoas e dizem-se medicos! Qualquer um pode ser doutor, basta ter dinheiro e vir de famílias! Os médicos fazem greves e reividincam o que nao têm direito! Rua!