A gigante tecnológica está em alvoroço após mais de 50 funcionários terem sido despedidos por protestarem contra o Projecto Nimbus, um mega-contrato assinado entre o Governo de Israel e a Google e a Amazon.
A Google está a ser alvo de críticas dos próprios trabalhadores após ter feito 50 despedimentos devido aos protestos internos contra um contrato com Israel. Os protestos tiveram lugar nos escritórios em Nova Iorque e Sunnyvale e foram organizados pelo No Tech for Apartheid, uma coligação de funcionários da Google e da Amazon que são contra o contrato de 1,2 mil milhões de dólares entre as duas gigantes tecnológicas e Israel.
Os funcionários acreditam que o contrato, conhecido como Projecto Nimbus, vai dar ainda mais ferramentas ao Governo de Benjamin Netanyahu para vigiar civis palestinianos e manter a ocupação ilegal.
Em resposta, a Google despediu inicialmente 28 trabalhadores, com mais de 20 a serem despedidos poucos dias depois, marcando o maior incidente de despedimentos na empresa desde o início da mais recente escalada de violência entre o Hamas e Israel, a 7 de outubro de 2023, explica o The Guardian.
Emaan Haseem, engenheira de software e organizadora com No Tech for Apartheid que foi despedida, acusa a Google de ignorar as preocupações dos manifestantes com a transparência e conduta ética.
“A Google reagiu de forma exagerada e atacou 50 trabalhadores por causa deste contrato em vez de ser mais transparente ou tentar provar que não está a fornecer recursos militares aos israelitas para ajudar o seu genocídio e continuar o seu apartheid. Eles tinham plena opção de fazer isso, mas em vez disso optaram por fazer birra e descontar em 50 trabalhadores, muitos dos quais não estavam envolvidos na manifestação”, acusa.
Os despedimentos causaram uma instabilidade financeira significativa para os trabalhadores afetados, embora Haseem tenha notado que receberam um apoio substancial de colegas e da comunidade mais ampla. Os trabalhadores acreditam ainda que o frenesim mediático em torno dos protestos e dos despedimentos ajudou inadvertidamente a dar mais atenção à campanha contra o Projecto Nimbus.
Hasan Ibraheem, outro engenheiro de software da Google despedido, destacou a natureza abrupta e impessoal dos despedimentos, que foram comunicados em massa por email. “Não queremos que o nosso trabalho seja usado para ajudar um genocídio,” argumenta.
O porta-voz da Google defendeu as acções da empresa, afirmando que os despedimentos foram o resultado de uma investigação aprofundada sobre os protestos, que descreveram como fisicamente disruptivos. “A nossa investigação sobre esses eventos está agora concluída e rescindimos o emprego de funcionários adicionais que foram considerados diretamente envolvidos em atividades perturbadoras”, defende
O porta-voz também esclareceu a natureza do Projecto Nimbus, assegurando que envolve cargas de trabalho não sensíveis na sua nuvem comercial em conformidade com os seus termos de serviço, e não é destinado a uso militar ou de inteligência.
Empresinha mequetrefe essa. Apoia o extermínio humano.
Por falar nisso, o Hamas já devolveu as pessoas que foram raptadas e abusadas a Israel? É que não se tem falado sobre isso!
Devias de ter vergonha do que dizes,