Não há espaço para “calções demasiado curtos e camisolas com excessivo decote”. Ministério da Educação não sabia deste aviso.
Os alunos – e os seus pais – têm que pensar bem no que vão vestir, antes de ir para a escola. Neste caso, na Escola Secundária Pedro Nunes.
O liceu de Lisboa enviou um aviso aos alunos e aos encarregados de educação sobre a roupa.
Há um código de vestuário. Essencialmente deve-se evitar “calções demasiado curtos e camisolas com excessivo decote”.
“Os alunos devem estar na escola com vestuário adequado. Isso implica não trazer roupa de praia, nomeadamente calções de banho, chinelos, calções demasiado curtos e camisolas com excessivo decote”.
A directora Maria do Rosário Andorinha assina o documento que avisa que, quem não cumprir estas orientações, pode chumbar imediatamente no exame.
“Em situação de exame, recomenda-se vestuário adequado sob impedimento de realização do mesmo“, lê-se no aviso citado no jornal Público.
Maria do Rosário Andorinha indicou que o Conselho Geral da Escola e a Associação de Pais concordam com este aviso.
O Ministério da Educação não sabia desta decisão. Nem tem de saber: as escolas definem o seu regulamento interno e que “as regras específicas de vestuário resultam de orientações gerais do Ministério da Educação, Ciência e Inovação”, responde o Ministério ao jornal Observador.
As escolas têm “autonomia” para definir “o seu regulamento interno, documento aprovado pelo Conselho Geral, no qual estão representados professores, alunos, pais e autarquia, entre outros”, acrescenta o gabinete.
O Ministério também lembra que o Estatuto do Aluno e Ética Escolar estabelece os direitos e deveres dos alunos, “incluindo sobre vestuário” – o aluno deve “apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e à especificidade das atividades escolares, no respeito pelas regras estabelecidas na escola”.
O regulamento interno da Escola Secundária Pedro Nunes indica apenas que o aluno deve “apresentar-se com vestuário que se revele adequado, em função da idade, à dignidade do espaço e à especificidade das actividades escolares”.
Pouco a pouco o fascismo vai-se instalando, cada um deve poder vestir-se como quer.
Os aluno deveriam entrar em modo protesto e irem todos com as “roupas” proibidas, se querem anular exames vão ter de anular todos.
Estou plenamente de acordo. Fui aluno de um colégio durante 8 anos tive que usar farda e nunca me senti humilhado. Vejam o que sucedeu na Casa Pia quando Ferro Rodrigues que era ministro da educação deu ordem para os alunos andarem à “civil”.
não se trata de fascismo trata-se de um lugar onde todos devem estar bem apresentados Disciplina e respeito não faz mal a ninguém.
Só assim se faz Homens e Mulheres acabava com muita delinquência.
Tal regulamento é ilegal e inconstitucional Se o ME dá o seu aval a ameaças deste género, usa palas de formato salazarento.
Estamos no 50º aniversário da queda da ditadura fascista, não podemos admitir este tipo de ameaças.
Afinal 50 anos depois a ditadura ainda existe, mas vai-se revestindo de formas diferentes, a roupa que se veste é apenas mais um capitulo da nova ditadura, este talvez um capitulo de direita, mas existem muito da esquerda , quem se atrever a pensar diferente do politicamente correcto será perseguido e criticado como eram os que não gostavam do regime no tempo da velha senhora. Trocamos uma ditadura represiva e de costumes , por outra ditadura um pouco mais leve mas onde certos pensamentos devem ser seguidos. juntando a isso que agora o roubo ao pais se faz de forma descarada por uma classe politica ou protegida por politicos, e se tribunais ou procuradores se atrevem a criticar a justiça “levam” , como a famosa frase do falecido Jorge Coelho : quem se mete com o PS leva . Vimos como algumas investigações tocaram alguns politicos e uma serie de peoes de brega sairam rapidamente na comunicação social em atacando os procuradores envolvidos. A independência da justiça perante a politica desapareceu da noite para o dia. Vivemos tempos negros nestes 50 anos do 25 de Abril
Bem, convém apresentar alguma moderação, no vestir, no estar e no regular de tais aspetos.
Sem fundamentalismos, mas mesmo a bem da tranquilidade geral.
E assim, de mansinho, com uma proibição aqui, outra imposição ali, uma alarvidade acolá, se vai recuando a 24 de Abril de 74, para o reerguer de uma triste realidade que os mais novos (sem hipótese de terem memórias de um passado que não viveram) desconhecem. Basta ver que foram os mais novos (na faixa até aos 30) a fatia maior de quem votou no partido que acolhe debaixo da sua asa, neonazis, evangelistas, saudosistas do abjecto, e retrógradas de toda a espécie.
A ascensão destes ao poder será inevitável num certo momento, como foi a de Trump, Bolsonaro, ou agora Milei (na Argentina). Só após a larga maioria, jovens incluidos, sentir na pele o efeito devastador desta turba, seja pelo voto ou por confronto nas ruas, voltará a haver alguma esperança de paz social. Só quando estes agitadores prepotentes, arrogantes, com a mania da superioridade (que apenas revela os seus traumas e complexos transformados em sentimentos de ódio a tudo o que lhes é diferente) conseguirem a completa divisão de um povo entre eles (os bons) e os outros (os maus), voltará a haver uma grande maioria motivada e consciente a colocar-se do lado certo da história.
A mesma história que derrotou Hitler. A mesma história que derrotou Franco. A mesma história que derrotou Mussolini. A mesma história que acabou com a ditadura soviética e com a vergonha do muro de Berlim. A mesma história que derrotará Putin (não confundir com a nação russa). A mesma história que derrotou Bolsonaro. A mesma história que ainda não derrotou ditadores pelo mundo fora, seja na Coreia do Norte, em Cuba ou em vários países africanos.
A História encarrega-se de expurgar da face do poder todos aqueles que o usam como ditadores. Sejam de “esquerda” ou “direita”. E ninguém mais duvida que é esse o caminho que a Europa vem trilhando há alguns anos e que Portugal começou a trilhar nos ultimos anos com a aparição de um fantoche criado em reuniões na Quinta da Marinha e apoiado na sombra por figuras, deserdados e descendentes do antigo regime, por gente das elites, do mais corrupto e sinistro que este país tem tido, sejam Mellos, Champalimauds e outros milionários da nossa praça, financiadores do partido que diz que vai “limpar Portugal” e “acabar com a corrupção”.
Portanto, atitudes de proibição ou imposição de indumentária, são apenas mais um sinal de um tempo que ai vem e que como sempre, acabou derrotado, pelo voto ou pela força das armas.
Devagar vão aparecendo os tiques de fascismo que estavam abafados por receio de quem os tinha. Nunca deixamos de ter fascistas em Portugal, estavam escondidos e sempre a operar nas sombras. Agora que houve uma aceitação ingénua desses tiques pela sociedade como sendo uma coisa normal, cada vez mais vemos a sua influência. As custas da vontade de muitos em sermos uma sociedade equalizaria, respeitadora do próximo e tolerante, o pensamento fascista foi aparecendo e sendo uma coisa normal porque não se quer excluir ninguém por pensar diferente. Mas quando mexe com a liberdade não podemos ficar calados nem quietos!
Que é que isto tem a ver com o fascismo?
Sou de esquerda PS, mas acho queca escola atingiu um grau de degradação incrivelmente baixo… hambiente hostil, violencia, falta de respeito e disciplina incrivel.
Acho muito bem que se ensinem modos de “estar num local de estudo, convívio , educação, etc.
Acham bem , alunos com as cuecas à mistra e alunas com calções enfiados no rabo?
Temos bares de alterne onde se veste mais decente.
Pelos comentários que aqui vejo de repúdio pela atitude da direção da escola, presumo que os seus autores não se importariam de ser atendidos no banco, no supermercado ou até que os membros do governo se apresentassem nos seus locais de trabalho, de shorts, chinelos etc. Certamente nunca visitaram escolas noutros países (ou as escolas de ensino privado em Portugal), em que se continua a privilegiar o uniforme, não só como forma de identificação do estabelecimento de ensino, como até de segurança para os alunos no exterior da escola, pois são facilmente identificáveis, caso algo ocorra fora do normal. Não há dúvida que se continua a confundir liberdade com libertinagem.
Comparar a indumentaria de membros do governo com a de miúdos numa escola é de facto um argumento “imbativel”. Olha a medicação, inconformada. Mas está visto que um uniforme à moda antiga ,tipo Mocidade Portuguesa (que, por ironia, incluia calções) ja lhe parecia bem…
A liberdade de se escolher a roupa que se veste ainda incomoda muita gente. A mim nao me incomodaria nada que um empregado de balcao fosse num banco ou num supermercado usasse a roupa com que se identificasse ou achasse adequada. Ate podia ser com uma tshirt estampada com a fuça do ventura. Mas pela sua ordem de ideias, que tal, a seguir, impedir tatuagens, piercings, pulseiras e outros adereços? Isso é que era um pais a serio, nao era? Tem bom remedio. Emigre para os tais paises que refere ou peça asilo numa escola privada!
Boa tarde a todos,
Mais um “esquerdola” acéfalo, a recomendar medicação a quem não segue a linha do politicamente correto … Caro TiagoSC (sem cérebro) , vocês é que são os fascistas, pois querem impor a vossa agenda ideológica a todos, afinal a liberdade de expressão não passa de um slogan que debitam sempre que a coisa não vos cheira … Cumprimentos Anti Anárquicos !!!
E de Burca? As meninas (sim, porque o alvo aqui são as alunas), podem fazer exame de Burca?
Estranho que se possa julgar o bom senso como fascismo. No Reino Unido, lugar de vanguarda da moda e da música, a população tem toda a liberdade de se vestir como entender. Basta passear por Camden Town em Londres para ver que a cultura punk está viva.
No entanto, nas escolas há regras e na maioria das escolas do estado, a farda é a regra, por vontade dos pais, pela simples razão de anular as desigualdades entre jovens no que diz respeito à moda. Sim porque vestir-se bem e de acordo com a moda muitas vezes sai caro.
Não sabia que o Reino Unido é fascista. Talvez não sofrem é dos mesmos complexos de Portugal, no que diz respeito ao passado. Sempre na óptica :Tudo antes de 25 de Abril mau. Tudo depois de 25 de abril bom. Será mesmo assim, não há bom senso e espírito crítico?