Leão não “mata” e águia foge com danos mínimos

Rodrigo Antunes / Lusa

Tudo em aberto para a segunda mão destas meias-finais da Taça de Portugal.

Benfica e Sporting protagonizaram um dérbi intenso e com alguns bons momentos, em especial por parte do “leão”, que chegou a encostar as “águias” à sua defensiva, com destaque para uma primeira metade muito desequilibrada.

Contudo, os “encarnados” acabaram por equilibrar um pouco as operações e reduzir, deixando uma margem mínima que tudo deixa para decidir no próximo encontro. Esta quinta-feira houve dois golos anulados, um para cada lado.

Excelente arranque do Sporting no jogo, a pressionar em zonas muito adiantadas, a dificultar a construção benfiquista a partir da sua defesa e a explorar o corredor direito, no caso o esquerdo dos visitantes.

Foi daqui que nasceu o 1-0, com Pedro Gonçalves (9′) a cabecear com êxito ao segundo poste, após cruzamento de Hjulmand.

O Benfica entrou a querer trocar a bola e a pausar o jogo, mas parece nunca ter percebido que o desafio estava numa rotação mais elevada e nunca acompanhou a intensidade leonina.

O Sporting, por seu turno, era veloz a contra-atacar e, quando tinha de defender, não dava espaços e os “encarnados” não sabiam propriamente o que fazer com a bola no último terço. Os números mostravam o desequilíbrio deste dérbi.

O melhor ao descanso era Morita, com um GoalPoint Rating de 6.9, fruto de dois passes para finalização, 30 passes certos em 32, sete passes progressivos e cinco recuperações de posse.

O segundo tempo começou com um penálti assinalado para o Sporting por falta de Otamendi sobre Edwards, mas o lance foi revertido pelo VAR por fora-de-jogo de Gyökeres.

O Benfica parecia mais atrevido nesta fase, mas também mais adiantado no terreno e pagou caro por isso aos 54 minutos, com o sueco a ganhar a Otamendi e a facturar perante um desamparado Trubin.

O Benfica parecia completamente perdido, mas no futebol tudo muda em pouco tempo. Aos 68 minutos, Di María cruzou e Aursnes empurrou para o 2-1.

Três minutos volvidos foi o argentino a marcar num remate na grande área, colocado, mas o VAR anulou por fora-de-jogo de Tengstedt.

Os homens da Luz tinham mais bola e iniciativa, mas continuavam com poucos espaços para criar situações de perigo, pelo que os de Alvalade mantiveram o ascendente no número de finalizações. Não houve mais golos neste encontro, pelo menos válidos.

Nos descontos, Nuno Santos marcou um golo de antologia, mas mais uma vez o tento foi anulado por fora-de-jogo. Tudo em aberto para a segunda mão, a realizar no reduto benfiquista em Abril.

Melhor em Campo

Uma dor de cabeça constante para o Benfica. Pedro Gonçalves foi o melhor em campo no dérbi da Taça com um extraordinário GoalPoint Rating de 8.1.

Além do golo que marcou logo a abrir, o médio foi o segundo mais rematador do encontro (4), fez três passes para finalização, somou sete acções com bola na área contrária, completou três de seis tentativas de drible e acumulou quatro conduções progressivas.

Destaque ainda para três bloqueios de passe/cruzamento.

Resumo

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