“Ameaçou que lhe pisava a língua”. Professora acusada de agredir e insultar alunos

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Agrupamento de Escolas de Camarate

Escola Básica de Camarate, Loures

Pelo menos três mães relatam humilhações, agressões e insultos a alunas do 7.º ano. “A Direção diz que é tudo invenção, que ela é boa professora e vai continuar”, confessa uma encarregada de educação. PSP já ouviu as crianças.

A PSP de Camarate, em Loures, recebeu uma queixa contra uma professora de Português da Escola Básica da freguesia por agressões verbais e físicas sobre alunas do 7.º ano.

A docente proíbe as alunas de ir à casa de banho, humilha-as, bate-lhes e insulta-as, relatam os encarregados de educação das estudantes, que já foram ouvidas pelas autoridades, segundo a Direção da escola.

“Na terça-feira, a minha filha estava maldisposta, não a deixou ir à casa de banho e disse-lhe que se vomitasse ia limpar o vómito com a boca. Na quinta-feira, bateu-lhe com a porta na cara e no braço, que ficou inchado”, disse uma mãe ao Correio da Manhã. “Isto já dura há muito tempo, bateu em mais alunos”, confessa a progenitora que apresentou a queixa.

Outra mãe acusa a mesma professora de humilhar a filha pelos conhecimentos limitados de Português. “Em vez de a incentivar, chama-lhe burra, estúpida, ignorante e manda-a para a rua só porque ela não percebe e faz perguntas”, acusa.

Uma terceira mãe recorda as agressões e ameaças à filha, que numa aula estava a mexer o pé, pois este estava dormente. “Pisou-lhe o pé e ameaçou que lhe pisava a língua”, disse a mãe ao matutino.

A docente é ainda acusada de humilhar uma aluna com uma deficiência física. “Bate palmas… ah, não tens mãos”, terá dito à aluna em questão.

Uma das mães que falou com o jornal confessa que a filha “tem medo de ir às aulas”. Quando levou o problema à Direção da escola, ter-lhe-ão dito que “é tudo invenção”.

“A Direção diz que é tudo invenção, que ela é boa professora e vai continuar”, queixa-se.

Contactada pelo CM, membro da Direção do Agrupamento de Escolas de Camarate diz que “já foram tomadas diligências e chamada a PSP, que ouviu alguns alunos e ainda tem de ouvir outros”.  A escola, no entanto, não abriu inquérito.

“Ainda estamos a apurar o que aconteceu. Esta situação foi bastante empolada. Agiremos em conformidade”, diz Daniela Batista.

A professora, que está há três anos a trabalhar na Escola Básica de Camarate, já tem vindo a ser acusada de maus-tratos por ex-alunos, que partilharam, segundo o CM, outras situações graves nas redes sociais.

ZAP //

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