Motor estelar de uma civilização alienígena pode explicar pulsares misteriosos

A proposta de uma classe fascinante de motor estelar que usa sistemas binários de estrelas de neutrões para explicar fenómenos cósmicos sem explicação.

A astrofísica teórica abriu uma porta fascinante para o conceito de “motores estelares”, mecanismos hipotéticos que aproveitam a energia das estrelas para propulsionar sistemas solares inteiros.

Estas ideias, que parecem tiradas da ficção científica, podem explicar fenómenos celestiais ainda não compreendidos, como certos tipos de pulsares observados com radiotelescópios.

Os motores estelares baseiam-se em teorias como a esfera de Dyson, idealizada pelo físico Freeman Dyson, lembra o El Confidencial.

Até agora, vários modelos desses motores foram propostos, como os Shkadov Thrusters, que funcionam através da reflexão da radiação estelar, ou os Badescu-Cathcart, que geram um campo magnético para mover a estrela.

No entanto, o campo está a evoluir rapidamente com ideias ainda mais “atrevidas”.

Clément Vidal, da Universidade da Califórnia (EUA), apresentou recentemente os conceitos de ‘motores estelares aranha’.

O primeiro destes, o “Redback”, envolve uma estrela de neutrões que roda rapidamente em torno de uma estrela maior, extraindo material dela.

O segundo, o “Black Widow”, utiliza uma estrela de neutrões para atrair material de uma estrela companheira mais pequena. Estas teorias poderiam explicar observações astronómicas de pulsares como PSR B1957+20 e ZTF J1406+1222.

Estas ideias surgem num contexto em que a procura por vida extraterrestre e civilizações avançadas é um tema de crescente interesse.

Charles Lineweaver, astrofísico da Universidade Nacional Australiana, aponta que planetas semelhantes à Terra na nossa galáxia são, em média, 1.800 milhões de anos mais antigos do que o nosso planeta.

Isto sugere que civilizações nesses planetas poderiam ter alcançado níveis tecnológicos muito mais avançados do que os nossos.

As teorias de Vidal também levantam questões fundamentais sobre a vida e a inteligência.

Introduz o conceito de “artilectos”, seres superinteligentes criados artificialmente, e sugere que a vida poderia ser definida como um processo que diminui a entropia num sistema.

Em resumo, o desenvolvimento na compreensão de motores estelares e na busca por civilizações avançadas desafia-nos a expandir as nossas conceções atuais.

A Ciência ainda tem muito a descobrir e, nas palavras de Carl Sagan, isso sublinha a necessidade de refletir sobre a nossa perspectiva atual do cosmos.

ZAP //

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