Encontrado o local da morte de Otto, o Grande, fundador do Sacro Império Romano

Otto I, o Grande, e o Sacro Império Romano

Uma equipa de arqueólogos alemães acredita ter descoberto o local onde o imperador Otto I, também conhecido como Otto, o Grande, morreu em 973 d.C.

Primeiro Imperador do Sacro Império Romano, Otto I, O Grande, ficou conhecido pela sua expansão agressiva para Itália e pela defesa do cristianismo contra invasores pagãos.

O Sacro Império Romano-Germânico foi um complexo de territórios multi-étnico localizado na Europa Central, que se desenvolveu durante a Alta Idade Média e continuou até sua dissolução em 1806.

O maior território do império após 962 foi o Reino da Alemanha, embora também incluísse o Reino da Boémia, o Reino de Borgonha, o Reino Itálico e alguns outros territórios.

Arqueólogos do Gabinete Estatal de Preservação de Monumentos e Arqueologia da Saxónia, na Alemanha, acreditam ter agora descoberto o local onde Otto I morreu, em 973 d.C.

Escavações iniciadas em 2017 no antigo palácio imperial e mosteiro beneditino de Memleben revelaram descobertas que podem fornecer as primeiras evidências arqueológicas fiáveis do local anteriormente não localizado onde tanto Otto I como o seu pai, Heinrich I, morreram.

Holger Grönwald / State Office for Heritage Management and Archaeology Saxony-Anhalt

Secção das escavações onde foram encontradas as enigmáticas fundações de pedra do antigo mosteiro de Memleben

Segundo a Arkeo News, uma das descobertas significativas foi a das fundações em pedra de um predecessor da igreja do mosteiro de Otto II, que poderia potencialmente estar relacionada com o sepultamento de Otto, o Grande. A estrutura está orientada de este a oeste e tem cerca de 9,20 metros de largura.

De grande importância histórica, o mosteiro de Memleben está situado ao largo da Estrada Românica que percorre o centro-oeste da Alemnha, percurso cénico que faz parte da rede Transromânica de estradas que liga nove países europeus.

Otto II e a esposa, Teofânia, fundaram mais tarde um mosteiro beneditino ricamente mobilado em memória de Otto I. Embora o complexo tenha perdido a sua independência em 1015, permaneceu como um importante local de memória para a dinastia otónica.

Escavações no local, em 2022, revelaram também as fundações de uma estrutura de pedra que antecede a igreja de Otto II, num estilo arquitetónico que existiu durante os tempos de Heinrich I e Otto, o Grande.

Os arqueólogos encontraram também um misterioso conjunto de fundações no claustro do mosteiro, que acreditam que possa estar relacionado com uma cerimónia de sepultamento do coração de Otto I descrita em documentos do século XVI.

Esta ideia é consistente com crónicas medievais que mencionam que as entranhas de Otto, o Grande, foram enterradas na Igreja de Santa Maria de Memleben.

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