Johannes Kepler, conhecido por ter revolucionado a nossa compreensão do movimento planetário, também se dedicou a um domínio muito diferente: a matemática para encontrar a altura ideal para o casamento, de modo a maximizar a felicidade.
O trabalho de Kepler, embora remonte ao século XVII, continua a ser relevante nos dias de hoje, oferecendo informações valiosas para a tomada de decisões em vários aspetos da vida. A sua solução, conhecida como a “regra dos 37%”, fornece uma estratégia estatisticamente sólida para fazer a melhor escolha em cenários em que as oportunidades são limitadas e é necessário tomar uma decisão que mude a vida.
No tempo de Kepler, o casamento era frequentemente um compromisso único e irrevogável. Ao contrário de hoje, o divórcio e várias relações não eram tão aceites. Para encontrar o parceiro ideal, Kepler aplicou o raciocínio matemático para determinar a melhor estratégia para escolher um cônjuge. Embora isto possa parecer invulgar, era uma preocupação importante para as pessoas daquela época.
A estratégia de Kepler consistia em rejeitar os primeiros 37% dos potenciais candidatos, recordando o melhor candidato encontrado nesse grupo inicial, explica o astrofísico Ethan Siegel num artigo publicado no site Big Think.
O candidato seguinte que ultrapassasse a “melhor” escolha recordada seria selecionado. Esta abordagem tinha como objetivo equilibrar o risco de se decidir demasiado cedo com o risco de esperar indefinidamente por um par ideal.
A ideia principal é que a eficácia da estratégia depende do conhecimento do número total de candidatos que é provável encontrar num determinado período de tempo. Seguindo este método, o utilizador maximiza as suas hipóteses de escolher a melhor opção entre os candidatos.
Embora as circunstâncias tenham mudado desde o tempo de Kepler, os seus princípios continuam a ser úteis, seja em relações, decisões de carreira ou outras situações em que a seleção da melhor opção é crucial.
Ainda estou para conhecer na realidade 1 casamento que ambos estejam felizes. O problema está em esperar felicidade de fora. Ela está dentro. Por isso ninguém necessita de casamento.
Ninguém mesmo. É um dos piores males na vida.