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Booking proibida de comprar plataforma de reserva de voos

Plataforma de alojamentos quer comprar plataforma de reserva de voos. Comissão Europeia não deixa.

Comissão Europeia proibiu esta segunda-feira a compra plataforma de reserva de voos eTraveli pelo ‘site’ de alojamentos Booking, o 11.º negócio de aquisição vetado por Bruxelas, considerando que reforçaria a posição dominante neste mercado, afetando a concorrência comunitária.

Em comunicado, o executivo comunitário dá conta que proibiu a operação ao abrigo do regulamento de concentrações da UE, argumentando que “a aquisição teria permitido à Booking reforçar a sua posição dominante no mercado das agências de viagens ‘online’ relativo à reserva de hotéis no Espaço Económico Europeu”.
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Bruxelas sublinha que “a decisão de hoje surge na sequência de uma investigação aprofundada da Comissão sobre a operação, que teria combinado a Booking e a eTraveli, dois dos principais fornecedores” do mercado das agências de viagens ‘online’, respetivamente na reserva de alojamento e de voos.

Além disso, esta empresa norte-americana de plataforma de reservas “não propôs medidas de correção suficientes para dar resposta a estas preocupações”, acrescenta.

Sediada nos Estados Unidos, a empresa detém além da Booking.com (plataforma de reservas) as marcas Rentalcars, Priceline e Agoda, bem como entidades para aluguer de automóveis e voos através do negócio Kayak (incluindo as marcas Kayak, Momondo, Cheapflights, HotelsCombined, entre outras).

Ao funcionar principalmente como intermediária entre os clientes e os alojamentos privados e os hotéis, a Booking tem, hoje em dia, uma quota de mercado superior a 60% no mercado das agências de viagens ‘online’ do Espaço Económico Europeu, após o crescimento nos últimos anos.

Por seu lado, a sueca eTraveli está ativa no mesmo mercado através das suas marcas Gotogate, My Trip, Seat24 e SuperSaver, principalmente focada na reserva de voos.

“A Comissão considerou que a operação teria reforçado a posição dominante da Booking no mercado das agências de viagens organizadas de hotéis, conduzindo a custos mais elevados para os hotéis e, possivelmente, para os consumidores”, aponta a instituição.

Entre os ‘remédios’ propostos pela Booking estavam “mostrar aos clientes de voos um ecrã de escolha na página de check-out do voo, que é a página mostrada aos viajantes depois de comprarem os seus bilhetes de avião”.

Porém, de acordo com o executivo comunitário, “as medidas de correção propostas pela Booking não deram resposta adequada às preocupações da Comissão em matéria de concorrência, de modo a poder concluir-se que a concorrência seria preservada de forma duradoura”.

A operação foi notificada à Comissão em 10 de outubro de 2022 e, em novembro desse ano, foi aberta uma investigação aprofundada.

Nos últimos 10 anos, a Comissão aprovou quase 3500 operações de concentração entre empresas que operam na UE.

A proibição de hoje é a 11.ª fusão que a Comissão bloqueou nesse período.

// Lusa

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