Investigadores da Universidade de Osaka, no Japão, descobriram que o principal componente ativo do kencur – uma planta tropical da família do gengibre – inibe significativamente o crescimento de células cancerígenas.
Um estudo, publicado em junho, na revista Heliyon revelou que há tipo de gengibre do sudeste asiático que pode funcionar como um possível ingrediente para novos marcadores anti-cancerígenos.
O kencur é uma especiaria aromática, da família do gengibre, habitualmente presente em refeições orientais, e muitas vezes utilizada para ajudar na digestão.
Agora, cientistas da Universidade de Osaka descobriram evidências encorajadoras de que esta planta tropical também possui propriedades que podem ajudar a combater o cancro.
Os investigadores demonstraram que o extrato de kencur e o seu principal componente ativo – o etil p-metoxicinamato (EMC) – suprimem significativamente o crescimento de células cancerígenas a nível celular e animal.
A equipa identificou o fator de transcrição mitocondrial A (TFAM), que está associado à proliferação de células cancerígenas, como um fator chave neste efeito anti-cancro.
Embora estudos anteriores sobre EMC já tenham indicado o seu potencial anticancerígeno, através da diminuição da expressão do fator de transcrição mitocondrial A (TFAM), o mecanismo exato permanecia incerto até então.
“Os resultados deste estudo confirmam os efeitos anticancerígenos do extrato de Kencur e do seu principal ingrediente ativo, o EMC”, explicou a autora principal do estudo Akiko Kojima.
“Espera-se convictamente que, no futuro, o TFAM se torne um novo marcador anticancerígeno, à medida que a investigação avança em campos relacionados”, acrescentou, citada pelo SciTechDaily.
