Brinquedos sexuais controlados pela mente? Podem chegar em breve

Autoblow

Autoblow, a anterior criação de Brian Sloan.

O trabalho de Brian Sloan está a captar a atenção das pessoas devido à sua audaciosa ideia: criar os primeiros brinquedos sexuais controlados pela mente do mundo.

Sloan, conhecido pela sua criação anterior, o “Autoblow” – uma máquina concebida para estimulação oral mecânica – está a aventurar-se em território desconhecido com o seu último projeto. A sua inspiração vem dos rápidos avanços da tecnologia, como os óculos de sol equipados com Bluetooth e o ambicioso projeto Neuralink de Elon Musk.

“Estou sempre a ler sobre o que está a acontecer na tecnologia. Estão a fazer óculos de sol com altifalantes Bluetooth. Elon Musk está a desenvolver o Neuralink. Não sei o que está a acontecer com o cérebro das pessoas. Não é esse o meu domínio. Mas sei que se eu oferecesse às pessoas um brinquedo sexual que pudesse ser acionado sem tocar em nenhum botão, isso pareceria uma coisa óbvia que as pessoas iriam querer usar”, disse Sloan, citado pela revista Slate.

Para conseguir isto, Sloan está a aproveitar o poder da eletroencefalografia (EEG), uma técnica tradicionalmente utilizada para registar a atividade elétrica do cérebro. Em parceria com cientistas, Sloan efetuou testes em dois indivíduos equipados com sensores EEG ligados a um dispositivo Autoblow.

O Autoblow respondeu aos pensamentos dos sujeitos, com a velocidade e a intensidade da estimulação a variar consoante os seus comandos mentais.

O conceito de brinquedos sexuais controlados pela mente levanta questões éticas e práticas. Enquanto Sloan já alcançou um sucesso considerável com o Autoblow, vendendo mais de 400 mil unidades, é incerto se a sua mais recente invenção vai ser bem recebida.

Os críticos argumentam que o sexo tem fundamentalmente a ver com a ligação humana e a intimidade, e que retirar o elemento humano das interações sexuais pode diminuir o seu apelo. Além disso, foram levantadas preocupações sobre o potencial impacto de tais invenções na solidão e no bem-estar emocional.

Em 2023, Mo Gawdat, antigo executivo da Google, especulou sobre a possibilidade de os robôs sexuais de inteligência artificial substituírem os parceiros humanos, recorda a Interesting Engineering.

No entanto, um relatório de 2018 elaborado por médicos britânicos sublinhou a preocupação de que os robôs sexuais possam não aliviar a solidão, mas, de facto, exacerbá-la. O relatório enfatizou a incapacidade das entidades artificiais de retribuir genuinamente as emoções e as ligações humanas.

ZAP //

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