Inteligentes assassinos, sedentos pela “bejeca”, estão em marcha: invadem residências, escolas e transportes públicos. O povo não gosta deste “presente dos norte-americanos”, encomendado por nada mais nada menos que Hitler.
É uma “praga”, diz-se nas ruas alemãs. Invadem locais públicos e casas a meio da noite para roubar, comer e… beber uns copos, segundo os relatos de proprietários de casas — alguns inclusive viram os seus animais de estimação serem mortos às mãos dos “ladrões”.
Desde que foram introduzidos no país durante o nazismo, em 1934, para estimular a biodiversidade, os guaxinins estão numa missão na Alemanha.
Diz-se que uma bomba atingiu, na Segunda Guerra Mundial, uma quinta perto de Berlim, os 20 exemplares encomendados que lá moravam fugiram — e desde então reproduzem-se mais rápido que nunca.
FROM NBC: Drunk racoon in Germany pic.twitter.com/XosfcgrXoX
— CowlesHub (@CowlesHub) December 9, 2019
A população de guaxinins cresceu, segundo o All That’s Interesting, de 20 para muitos milhares e as vítimas de roubo — que são cada vez mais — não gostam nada.
Em “casa”, eram perseguidos por pumas, coiotes e cães selvagens; em Berlim, sem predadores naturais, saíram das florestas por volta do início do século para assombrar as casas do povo — são hoje (demasiado) desinibidos e avistados por toda a parte.
Mas os verdadeiros assassinos são os caçadores alemães.
This young racoon brought a bus in Berlin to a halt this week after sneaking on board during the driver’s break.
The furry fare dodger was escorted off the bus and reunited with its mother by a ranger.
Pub quiz knowledge: A racoon is called “Waschbär” or “Wash Bear” in German. pic.twitter.com/BkzbpY8QHC— German Embassy London (@GermanEmbassy) May 26, 2023
O senado de Berlim sugeriu ao povo que, em vez de matar os animais, tranque melhor os seus bens e caixotes do lixo. Mas para os caçadores, o que o senado diz “entra a 100, sai a 200”.
A Associação de Caça Nacional alemã afirma ter morto um quinto de milhão de guaxinins só em 2022 na tentativa de controlar a sua população, avança o The Telegraph. Em resposta ao desespero, a mesma associação tem uma sugestão: tornar a carne de guaxinim uma parte da dieta alemã e usar as peles para “roupas amigas do ambiente de alta qualidade”.
Até agora, não há um consenso para uma solução do “problema” que afeta as vidas dos alemães.
Sempre que há uma “praga” lá estão os caçadores, sempre tão benevolentes e altruistas! Sejam guaxinins, javalis, ouriços, perdizes, até melros já se ofereceram para “tratar” do problema. Malditos animais! Benditos caçadores!