Ao ligar o modo de avião, estamos a proteger todos os que estão no nosso caminho de voo. Os sinais de rádio dos smartphones podem provocar estragos no meio aéreo — chegando até a bloquear a visão das estrelas.
Em todos os momentos da nossa vida contemporânea, voam pelo ar sinais invisíveis de rádio que carregam informação entre os vários dispositivos. O sinal é tão forte que, se os seus olhos conseguissem ver estas ondas de rádio, o seu telefone seria visível de Júpiter.
Esses olhos hipotéticos conseguiriam mesmo ver as ondas — caso o céu não estivesse inundado de interferência de, por exemplo, pessoas que estão em voos e não puseram o telemóvel em modo de avião.
Supondo agora que os seus olhos hipotéticos veem os comprimentos das ondas eletromagnéticas como cores: quando faz uma chamada, o seu smartphone envia uma onda de rádio para a torre celular mais próxima, mas e se estiver longe do serviço — como, por exemplo, se estiver num avião?
Nesse caso, o smartphone tem de fazer um esforço extra, gastando mais energia para enviar um sinal com maior amplitude. As torres comunicam entre si até a chamada chegar ao recipiente.
Para não confundir os milhões de ondas a circular em simultâneo, são atribuídas a cada telefone cores (comprimentos de onda) específicas. Mas há um problema grave — as cores não são infinitas.
A invenção do wifi veio mesmo estragar o esquema — desde então, a demanda de comprimentos de onda aumentou drasticamente, dificultando o evitar de interferência. É por isso que os smartphones deixam, por vezes, de conseguir fazer chamadas em situações de emergência regional ou em aglomerados de pessoas num só sítio — as torres celulares não conseguem dar resposta à exigência dos utilizadores.
O modo de avião não serve só para não ser incomodado
No caso das telecomunicações de dentro de um avião, a coisa fica ainda mais complicada.
A distancias muito maiores das torres celulares do que em terra, os smartphones têm de “gritar” muito mais alto por um sinal. Maior problema surge quando, potenciados pela rápida deslocação do avião, o smartphone está a meio desse “grito” e encontra-se, de repente, muito próximo de uma torre.
Nessa situação inesperada, o smartphone emite um sinal muito maior do que o normal que apaga os sinais terrestres.
Ao ligar o modo de avião, estamos também a proteger todos os que estão no nosso caminho de voo. Os aviões têm equipamentos de navegação que dão uso aos sinais de rádio e, assim, usar ondas de rádio a partir do seu smartphone é interferir com a segurança do voo.
Mas o modo de voo também é útil noutras circunstâncias, como para poupar bateria, para viajar noutros países em que são cobradas taxas de telecomunicação ou até para proteger os mais jovens quando estes usam o telemóvel dos adultos.
Sempre a aprender, muito obrigado pela informação apresentada
Boa tarde,
Se é tão importante desligar o telemóvel porque não existe tecnologia dentro do avião que pura e simplesmente faça esse bloqueio em vez de nos limitarmos a que cada pessoa faça isso, correndo o risco de muitas não o fazer???
Com a agravante das tripulações não saberem quem tem ou não o modo do voo ligado!
Respondendo ao comentário anterior embora seja possível fazer isso num avião mas isso iria bloquear uso de todos os equipamentos e nunca se sabe o que o utilizador precisa usar ou quando e técnicamente é mais viavel o aparelho ser desligado no utilizador porque funciona técnicamente electrónicamente do lado deste. Bloquear sinal do avião era tirar tudo do Ar até pode prejudicar a Aeronave. Ligar modo de voo conselhável mas depende do avião e equipamentos alguns estão preparados a ter wifi outros não, mas de facto a tripulação nunca sabe se tá ligado mas existem avisos e podem verificar, a população tb nao pode ser burra na sua segurança, é como tudo na vida os avisos estão lá, sinal stop na estrada etc