O Irão vai lançar um site de namoros online para evitar o recurso a outros sites que permitem o casamento por um breve período de tempo, durante o qual as relações sexuais são aceitáveis pela lei islâmica.
De acordo com os meios de comunicação locais, citados pela agência noticiosa AFP, o Irão vai lançar um site oficial para jovens que querem casar, promovendo o matrimónio de longa duração numa país onde os jovens com menos de 30 anos representam 55% dos 77 milhões de habitantes.
No país conservador há regras muito rígidas relativamente ao sexo antes do casamento, que é proibido, mas isso pode ser contornado através do recurso ao sigheh, uma prática religiosa que permite o casamento temporário, às vezes por períodos de apenas uma hora, durante o qual a relação sexual é permitida e não vai contra o Islão.
O Governo iraniano pretende, ainda assim, desencorajar esta prática, e o ministro da Educação e do Desporto, Mahmoud Gholrazi, disse que há cerca de 300 sites não oficiais que promovem esta prática, que classificou de “imoral e ilegal”.
O Ministério, em cooperação com a organização para a propaganda islâmica, pretende lançar um site “onde os jovens podem inscrever-se e apresentar-se”, disse o ministro, acrescentando que “com a ajuda deste site, podemos ter 100 mil casamentos com um método correto, e o problema do casamento para os jovens seria parcialmente resolvido”.
De acordo com a AFP, o Irão, que tem uma taxa de divórcios que chega aos 22%, e que aumenta para mais de 30% em Teerão, tem cerca de 11 milhões de pessoas em idade tradicional para o casamento.
/Lusa