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Arqueólogos encontram provas da destruição romana de Jerusalém

Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA)

Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel encontraram provas da destruição romana de Jerusalém durante escavações na Cidade de David, no Parque Nacional das Muralhas de Jerusalém.

Foram realizadas escavações na Cidade de David nas quais foram encontrados edifícios desmoronados ao longo da “Estrada do Peregrino” — a rua principal de Jerusalém durante o período do Segundo Templo.

Segundo o Heritage Daily, no interior de um dos edifícios foram descobertos vestígios de vigas de madeira queimadas da época da destruição, para além de vasos de pedra decorados, um peso de pedra, um cadinho para derreter metal e uma tigela de bronze.

A equipa encontrou, ainda, uma moeda do segundo ano da Grande Revolta com a inscrição: “Pela liberdade de Sião“.

De acordo com os diretores de escavação da Autoridade de Antiguidades de Israel, Shlomo Greenberg e Rikki Zalut Har-Tuv, “todos estes achados, em conjunto, pintam um quadro da vida dos residentes que viviam em Jerusalém imediatamente antes da destruição”.

“Regressar a Jerusalém, após 2000 anos, e redescobrir os vestígios da destruição, especialmente numa escavação que teve lugar pouco antes de Tisha B’Av, é uma experiência muito comovente que não nos pode deixar indiferentes”.

Recorde-se de que a destruição de Jerusalém foi a resposta à Grande Revolta — a primeira de várias revoltas da população judaica da Judeia contra o Império Romano.

A revolta teve origem, principalmente, nas crescentes tensões religiosas e nos elevados impostos, o que levou ao assalto ao Segundo Templo e à detenção de altas individualidades políticas e religiosas judaicas pelos romanos.

Os romanos mobilizaram quatro legiões — apoiadas pelas forças de Agripa — para subjugar a revolta e castigar o povo judeu como exemplo para os outros. As legiões chegaram a Jerusalém em 70 d.C., colocando a cidade sob cerco durante quatro meses.

Após várias batalhas, toda a cidade e o Segundo Templo foram destruídos, com o historiador contemporâneo, Tito Flávio Josefo, a afirmar: “Jerusalém… foi tão completamente arrasada por aqueles que a demoliram até aos seus alicerces, que nada restou que pudesse persuadir os visitantes de que tinha sido outrora um local de habitação“.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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