Em reunião com o presidente russo Vladimir Putin, o líder bielorrusso Alexander Lukashenko afirmou que mercenários do Grupo Wagner estão a planear uma “excursão a Varsóvia”. Quão sérios são os riscos para o membro da NATO, Polónia?
Na reunião deste domingo em São Petersburgo, Lukashenko afirmou que os combatentes do Grupo Wagner — atualmente em exílio bielorrusso — aumentaram a pressão para seguir para oeste. O maior aliado de Putin citou mesmo os mercenários: “Vamos fazer uma excursão a Varsóvia e Rzeszow.”
Putin já tinha abordado a “questão polaca” a 21 de julho, quando se dirigiu a uma reunião do conselho de segurança russo e apresentou a sua visão sobre a situação, alegando que a Polónia, membro da NATO, tinha planos para controlar território nas regiões ocidentais da Ucrânia e, assim, intervir diretamente no conflito. O presidente russo reforçou ainda que a Polónia terá planos semelhantes para a Bielorrússia.
Durante a sua reunião filmada com Putin, Lukashenko descreveu o “movimento de tropas polacas para as fronteiras do Estado da União da Rússia e da Bielorrússia” num mapa.
“Uma das brigadas polacas está agora localizada a 40 quilómetros de Brest, outra está agora destacada a cerca de 100 quilómetros de Grodno. […] A Polónia abriu uma instalação para reparar Leopards no seu território. Rzeszow está a tornar-se mais ativa. Os americanos estão a usar o seu aeródromo para enviar equipamento e assim por diante”, disse o líder bielorrusso.
Uma encenação elaborada?
O especialista político bielorrusso Valery Karbalevich acredita que os dois presidentes discutiram principalmente as medidas que devem tomar em relação à estadia dos mercenários do Grupo Wagner em território bielorrusso. Acredita, também, que os dois aliados veem as ameaças contra a Polónia como uma encenação elaborada.
Segundo Karbalevich, Lukashenko estaria a tentar deixar claro que os combatentes do Wagner disseram que queriam entrar no território polaco, mas que foram impedidos por si.
Ryhor Nizhnikau, investigador sénior do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais, acredita que “tudo correu de acordo com o guião” na reunião. Para o investigador, Lukashenko pode ter sido repreendido depois de ter “falado demais” dois dias após a rebelião do Grupo Wagner de Yevgeny Prigozhin. Portanto, expressou-se provavelmente “dentro de um quadro estabelecido pelo Kremlin.”
Porquê a Polónia?
Os especialistas acreditam que a Polónia se tornou agora um “inimigo coletivo da Rússia” devido ao seu apoio à Ucrânia. A Polónia é uma das nações que insiste em mais sanções contra a Rússia, para além de ser uma forte defensora da integração da Ucrânia na UE e na NATO.
“A Polónia faz fronteira com a Bielorrússia e com a Ucrânia. Se falarmos sobre o perigo apresentado pelos mercenários do Wagner, seria estranho ligá-lo aos EUA, Alemanha ou França. Estes países estão longe. Quanto à Lituânia e Letónia, são pequenos países, mas a Polónia é um adversário sério“, disse Karbalevich.
Karbalevich acredita que a reunião entre Lukashenko e Putin foi uma manobra de RP. “Isto é mais um ataque de informação e chantagem”, disse: “Não é uma grande ameaça real porque os mercenários do Wagner ainda estão longe da fronteira polaca. Segundo a inteligência ocidental, há apenas cerca de 3500 na Bielorrússia — embora haja planos para transferir para lá até 10 mil. Ainda assim, não seria um número perigoso.”
Mercenários Wagner são “difíceis de controlar”
Entretanto, a Polónia já convocou o embaixador russo e acusou as autoridades russas de se envolverem em propaganda hostil.
“A Polónia não tem intenção de conquistar a Ucrânia ou a Bielorrússia”, confirmou Kamil Klysinski do Centro de Estudos do Leste (OSW) na capital polaca, Varsóvia.
Klysinski diz que Varsóvia está apenas a preparar-se para se defender e acrescentou que estava certo de que os mercenários Wagner não atacariam os postos de controlo na fronteira polaco-bielorrussa porque não têm as armas pesadas e o equipamento necessário para o fazer.
Concordou, ainda, com a ideia de que a presença de mercenários representa um certo risco para a Polónia, mas disse que “em primeiro lugar, são riscos para Lukashenko — e ele sabe disso.”
De acordo com Klysinski, por detrás do aviso de Lukashenko de que o Wagner quer fazer a tal “excursão”, está um pedido para que Putin faça algo em relação aos combatentes.
“Não acredito que Lukashenko esteja contente com a presença deles na Bielorrússia. Lukashenko quer controlar tudo, particularmente na área da segurança. Mas os experientes mercenários são difíceis de controlar”, disse, dizendo que tanto Putin como o bielorrusso têm noção disso.
“É muito difícil, para não dizer mais, manter os mercenários da Wagner no seu lugar com as suas capacidades, o seu modo de vida específico. Paira no ar a grande dúvida: como é que a Bielorrússia se vê livre dos homens de Prighozin?
ZAP // DW
Se isso acontecesse teríamos a NATO a entrar pela Rússia adentro e a acabar de uma vez por todas com o regime do rato Putin.
Se entrarem na Polónia, um país da NATO, começa a 3a Guerra Mundial. Por alguma razão Putin transferiu armas nucleares para a Bielorussia. As peças do xadrez a moverem-se.
Putin tem força pra vencer essa guerra, é a pura verdade Ucrânia ainda esta de pé por causa do Ocidente é os demais países do tratado, é só questão de tempo, pois se ucrânia avançar seu território, é a Rússia sé sentir ameaçada na derrota, a Rússia imediatamente lançara 3 ogivas em imediato na capital Kiev e nos dois pontos onde esta concertado o avanço de soldados Ucranianos na província, acredito que o Ocidente e os demais países n iria fazer nada contra isso, pq se n iria chover Ogivas no mundo todo e muitos países iria sumir do mapa tanto a Europa em peso como EUA é Rússia..
pois conta historias ,sendo a ucrania perto da russia esta também iria sofrer o efeito nuclear e da radioativide