Um FC Porto a cumprir serviços mínimos bastou para vencer um inofensivo Belenenses, por curto 3-0, mantendo-se a seis pontos do líder Benfica, cumpridas 16 jornadas na Primeira Liga.
Jackson Martinez (10), Óliver Torres (47) e Evandro (90+3) fizeram os golos do Dragão, em noite tranquila perante um Belenenses de corpo presente e que esteve longe de justificar o sexto lugar com que iniciou a jornada, a par do Rio Ave.
Com o triunfo do Benfica 3-0 sobre o Vitória de Guimarães, o FC Porto vai aumentar o fosso para o terceiro lugar: tinha mais três pontos do que os minhotos, que têm mais um ponto do que o Sporting e três que o Sporting de Braga, formações que se defrontam no domingo no recinto arsenalista.
Naturalmente, o FC Porto assumiu as despesas do jogo, que, salvo raras exceções, teve sentido único: Jackson ameaçou aos oito e dois minutos depois, sem dificuldade, cabeceou para o 1-0, agradecendo o trabalho individual de Óliver Torres.
Eram minutos de sufoco, que, ainda assim, não eram correspondidos em situações de real perigo: exceções para cabeceamento de Maicon (35), numa altura de ritmo muito morno.
O Belenenses raramente ousava circular a bola no meio campo ofensivo e ainda menos vezes se aproximava da área do tranquilíssimo Fabiano – seria igual na etapa complementar.
Na melhor situação para ampliar, Quaresma (39) cruzou de trivela e Jackson Martinez, ao segundo poste, rematou em tesoura, mas a bola saiu cruzada e ligeiramente ao lado.
A falta de eficácia foi compensada logo no reatamento, com Óliver Torres (47) a aproveitar a passividade da defesa contrária para atirar a contar, à entrada da área.
Aparentemente mais do que resolvido o problema Belenenses, o FC Porto foi displicente, errou muitos mais passes, jogou em ritmo de passeio e não ajudou os adeptos a enfrentar a noite gelada.
Perante um Belenenses sem argumentos, e que agradecia resultado tão escasso, o conjunto de Julen Lopetegui podia ter ampliado em remate de Tello (69), que Ventura defendeu instintivamente, com o esférico a bater ainda na trave, e no canto correspondente, com Indi, sem oposição, a cabecear por cima.