A corrida para uma cura para a calvície tem um novo e poderoso concorrente. A solução pode estar escondida nos seus sinais peludos.
Aquele sinal irritante que teme em brotar dele um par de pelos indesejáveis pode, afinal, servir um propósito, no mínimo, inesperado. Um novo estudo identificou uma molécula que faz com que alguns dos nossos sinais produzam pelos em excesso. Os investigadores acreditam que esta descoberta pode ser útil numa eventual cura para a calvície relacionada com a idade.
Os autores do estudo revelaram que a osteopontina, uma molécula que nunca foi associada ao crescimento de pelos, está muito ativa na pele com sinais peludos.
Maksim Plikus, autor correspondente do estudo publicado esta quarta-feira na conceituada revista Nature, disse à Insider que, possivelmente, esta molécula pode ser injetada no couro cabeludo de homens e mulheres com calvície para “reanimar” os folículos capilares adormecidos. Uma espécie de injeções indolores semelhantes às do Botox.
É um longo processo até que os cientistas possam dizer com segurança que isto pode resultar. Efetivamente, o primeiro passo está dado: os testes com ratos foram um sucesso. Os ensaios clínicos com humanos deverão começar já neste verão.
Plikus suspeita que, ao injetar osteopontina à volta de folículos antigos que deixaram de produzir cabelo, as células estaminais adormecidas poderiam ser reativadas.
“Existem estas moléculas de sinalização essenciais que os cabelos de um adolescente estariam a produzir em grandes quantidades”, explicou à Insider. As moléculas são produzidas em massa por células senescentes, que se tornam “zombies” com o processo de envelhecimento do corpo.
Mas para o cabelo, Plikus pensa que estas células senescentes estão a encorajar o cabelo a crescer em abundância.
“Crescerá como se lembra quando tinha 18 anos, não crescerá como um pelo espesso e rijo do sovaco”, disse. “Esta explosão de moléculas é mostrada aos folículos capilares num couro cabeludo, e eles ficam tipo, ‘Oh, OK. É altura de crescer!”.