NATO coloca em alerta máximo 300.000 militares

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Håkan Dahlström / Flickr

Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO

Os ministros de Defesa da NATO avançaram hoje com novos planos regionais para o reforço da dissuasão e defesa aliadas, com a colocação de 300.000 efetivos em alerta máximo, e que deverão ser concretizados na cimeira da organização.

“Pela primeira vez desde a Guerra Fria, estamos a relacionar plenamente a planificação da nossa defesa coletiva com a planificação das nossas forças, capacidades e comando e controlo”, afirmou o secretário-geral da Aliança, Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa.

Esta foi a última reunião ministerial antes da próxima cimeira, em julho na Lituânia, e esteve sobretudo centrada nos preparativos das decisões que serão então aprovadas, incluindo o apoio à Ucrânia para que continue a enfrentar a invasão russa.

Após o final da reunião de dois dias dos ministros, Stolenberg disse que os planos regionais dependerão dos três quartéis aliados de Norfolk (EUA), Brunssum (Países Baixos) e Nápoles (Itália), que repartem geograficamente a defesa de toda a Aliança.

Os ministros também chegaram a acordo para a criação de um centro marítimo da NATO destinado a reforçar a segurança de infraestruturas submarinas críticas, e que podem ser sujeitas a sabotagem, como sucedeu com os gasodutos Nord Stream.

Os ministros da Defesa da NATO reuniram-se na quinta-feira e hoje, em Bruxelas, com a ajuda à Ucrânia a dominar a agenda e Portugal representado pela titular da pasta, Helena Carreiras.

Antes, Stoltenberg havia já saudado os novos anúncios de fornecimento de armas e formação militar à Ucrânia e o compromisso dos aliados de aumentar o apoio ao país.

“Congratulo-me com os novos anúncios sobre o fornecimento de armas e formação à Ucrânia, incluindo a iniciativa liderada pelos Países Baixos e pela Dinamarca para começar a treinar pilotos ucranianos em caças F-16 este verão”, disse, em conferência de imprensa.

Stoltenberg sublinhou ainda a intenção do Reino Unido e dos Estados Unidos de fornecerem “centenas de mísseis de defesa aérea de curto e médio alcance”.

Ainda no âmbito da ajuda à Ucrânia, na sequência da guerra lançada pelo Rússia em 24 de fevereiro de 2022, o responsável da NATO referiu que os aliados se comprometeram a aumentar o apoio a Kiev através do Pacote de Assistência Global , “com contribuições e compromissos que ascendem já a 500 milhões de euros”.

O secretário-geral da organização anunciou também que está a ser preparado um novo conselho NATO-Ucrânia, onde o país esteja em pé de igualdade com os membros da organização.

“A nossa ambição é termos uma primeira reunião do novo conselho em Vilnius, com o Presidente Zelensky”, referiu, na cimeira da NATO, em julho.

EUA criticam envio de armas nucleares para a Bielorrússia

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou hoje a entrega de armas nucleares táticas russas à Bielorrússia como uma “provocação”, mas pediu cautela e descartou uma resposta nuclear de Washington.

“Continuaremos a monitorizar a situação de perto e com cautela. Não temos motivos para reajustar a nossa política nuclear. Não há indícios de que a Rússia esteja a preparar-se para usar as armas”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Blinken defendeu que a transferência deste tipo de armas para a Bielorrússia é mais uma “provocação” por parte do Kremlin e uma “decisão irresponsável” do Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que acusa de estar a ceder a soberania ao país vizinho.

O secretário de Estado norte-americano disse que é irónico que o líder russo, Vladimir Putin, esteja a colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia, quando um dos pretextos que usou para a invasão na Ucrânia foi justamente impedir que Kiev ficasse dotada de armas atómicas.

Blinken lembrou que a Ucrânia e a Bielorrússia desistiram voluntariamente das suas armas nucleares quando a União Soviética se desintegrou.

Hoje, Putin anunciou que a Rússia transferiu as primeiras armas nucleares táticas para a Bielorrússia. “As primeiras ogivas nucleares foram entregues no território da Bielorrússia”, disse Putin, numa intervenção no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo.

A transferência de armas nucleares táticas russas para o país vizinho foi anunciada em março por Putin e pelo homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.

Os ministros da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, e da Bielorrússia, Viktor Khrenin, assinaram no final de maio, em Minsk, os documentos que regulam o armazenamento de armas nucleares não estratégicas no território da ex-República soviética.

ZAP // Lusa

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8 Comments

  1. Como alguém disse há dias…
    “Portugal obedece às ordens da UE, que por sua vez representa a vontade do grande capitalismo globalista.
    A única fronteira que impede o capitalismo globalista de impor um governo mundial é a Rússia, a China e os países da África e Ásia que alinham com o eixo politico-econômico Russo-Chinês.
    A Rússia é o último reduto da cultura tradicional europeia.”

    • Nem quero imaginar o Teu sofrimento , en teres que viver neste País Democrático !………..Poder ler, pensar , opinar , criticar livremente o que não gostas ! Se fosse a Ti , fazia as malas e emigrava para un desses Países “maravilha” , serias tão Feliz !

      • E de facto vivem imensos estrangeiros na Rússia, portugueses inclusivamente e não vivem nada mal.
        A nato continua a fazer de tudo para prolongar uma guerra que so causa morte e destruiçao. O pais que mais vende armas ao mundo inteiro assim o exige(USA) porque desde 2014 a ukrania nao parou de matar civis que gritassem indepencia em Donbass e ninguem quis saber. E quem acha que crimes de guerra devem ser punidos vamos começar a ver o que a nato tem feito nestes ultimos anos… A chacina no Iraque não está muito longe do holocausto nazi em termos de mortalidade. A nato matou milhares, milhares.
        O terrorismo islâmico na Europa é também culpa das políticas da Nato pelo mundo fora.
        Preparam-se, se for necessário, enviar os filhos dos outros para o combate que têm afanosamente procurado. Assim vai a bandalheira europeia, toda ela a auferir volumosas contribuições financeiras. Siga a banda.
        O grande celeiro da Europa que é a Ucrânia. Celeiro da droga, da prostituição internacional, do tráfico de mulheres e crianças, do tráfico de armas, do tráfico de bebés, dos laboratórios farmacêuticos clandestinos, etc etc etc.

  2. “Os ministros também chegaram a acordo para a criação de um centro marítimo da NATO destinado a reforçar a segurança de infraestruturas submarinas críticas, e que podem ser sujeitas a sabotagem, como sucedeu com os gasodutos Nord Stream.” PARA RIR… VALHA-NOS ISSO ! Nord Stream ….. esta gente é doente ….

  3. Os russos estão a ganhar a guerra por completo. Eles não fugiram de Kiev, karkhiv, kehrson e tudo o mais. Foram apenas tomar balanço. E nas últimas semanas foram ainda tomar mais balanço. Quanto aos ditos ataques em solo russo, estamos todos a confundir fogo de artifício das tradicionais festas de verão com ataques ucranianos. E quem rebentou a barragem foram os ucranianos para regar as hortas. Isto de ser sargento não é para todos.

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