10% das famílias portuguesas vivem com medo de não conseguir pagar a casa

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Uma em cada dez famílias portuguesas tem receio de não conseguir pagar a renda ou prestações de crédito a curto prazo.

Medo, stress, insegurança: sentimentos que afetam quase 10% dos portugueses, que vivem a pensar que podem ser despejados de casa, num período de três meses.

É o que diz um estudo da Eurofound, a Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho, sobre as dificuldades de acesso à habitação na União Europeia, revelado pelo Jornal de Negócios.

Os dados foram recolhidos entre abril e setembro de 2022. A conclusão foi que Portugal é dos países europeus onde essa perceção é maior.

3% das famílias portuguesas consideram “muito provável” que o aumento dos custos de vida não lhes permitam pagar a casa onde vivem nos três meses seguintes, a juntar aos 6% que consideram “relativamente provável” – a média europeia em ambos os parâmetros é de 3%.

Só 59% das famílias em Portugal – pouco mais de metade – consideram “muito improvável” que tenham de sair da sua casa nos três meses seguintes.

Atrás do registo português, só estão a Grécia, com 55%, o Chipre, com 54%, e a Polónia, com 53% – neste parâmetro, a média europeia é de 67%.

No que diz respeito a despesas correntes da casa, como água, gás, impostos e taxas, 20% das famílias portuguesas admitem poderão ter dificuldades a curto prazo. 55% são os que dizem ter uma baixa probabilidade em ter problemas para enfrentar estes gastos.

A maior prevalência dos créditos com taxa variável é a principal responsável pela insegurança sentida pelos portugueses.

“Com as taxas de juro a subir, os responsáveis políticos não devem esquecer os proprietários de casas que não conseguem suportar o aumento dos custos e tomar medidas para evitar estas situações no futuro”, diz o relatório.

A subida dos preços em Portugal também preocupa, motivo pelo qual os jovens portugueses têm mais dificuldade em ter casa própria.

Isso pode ajudar a explicar os dados recentes que dizem que os portugueses são os que saem mais tarde da casa dos pais, na União Europeia, com uma média de idade de 33,6 anos, bastante acima da média comunitária de 26,5 anos.

ZAP //

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1 Comment

  1. Só dez por cento? São bem mais.
    Mas é propositado pois o governo visa o empobrecimento dos portugueses para os deixar dependentes dos seus subsídios e assim controlar melhor as pessoas. Fica mais caro ao governo um cidadão que trabalhe e desconte do que um cidadão dependente de subsídios do estado.

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