TAP: só Christine não sofreu corte de 30%

José Sena Goulão / Lusa

Antiga presidente-executiva da empresa recebia um salário mais baixo do que o seu antecessor.

Antonoaldo Neves foi contratado para gestor da TAP em 2018. Ficou acordado que iria receber um salário base de 630 mil euros por ano – mais despesas de alojamento e direito a prémios de desempenho.

Quando entrou a sua sucessora, Christine Ourmières-Widener, o salário baixou para 504 mil euros por ano.

O então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, tinha garantido que a nova presidente-executiva iria receber um salário menor do que o anterior CEO.

Em 2021, e como consequência da crise relacionada com a COVID-19, foi deliberado por unanimidade que a componente fixa dos membros do conselho de administração iria baixar 30%.

São cortes na administração que continuam em vigor, até o plano de reestruturação terminar; e vão de encontro às reduções salariais aplicadas a outros trabalhadores.

No entanto, Christine Ourmières-Widener “escapou” a esse corte, destaca o Observador. Aliás, foi a única dirigente da TAP a não sofrer um corte no salário.

O motivo está explicado nos parágrafos anteriores: decidiu manter-se o seu vencimento porque recebia menos do que o seu antecessor, Antonoaldo Neves.

A comissão de vencimentos validou o seu salário, que tinha sido negociado directamente com o Estado.

A acta da reunião onde foram aprovadas estas decisões sugere que o corte no salário de Christine seria permanente e fixado pelo Estado – as reduções nos salários dos outros administradores da TAP seriam temporárias, como já foi mencionado, até ao fim da reestruturação.

Os cortes nos salários dos restantes membros do conselho de administração representaram praticamente menos 500 mil euros gastos em ordenados.

ZAP //

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